Vídeo: chefe de segurança da Ufac agride aluno do curso de História e caso repercute – ac24horas.com

Um tumulto ocorrido na tarde deste sábado, 17, no Meio Acadêmico de Licenciatura de História Carlos Marighella, dentro das dependências da Universidade Federalista do Acre (Ufac), terminou com o estudante Cristian Souza Bezerra, de 19 anos de idade, sendo agredido fisicamente pelo encarregado da segurança da instituição federalista, Edízio Souza do Promanação, que desferiu um soco nas costas do estudante (veja no vídeo inferior).

De tratado com o aluno, o desentendimento envolve a ocupação do espaço físico pelos membros da entidade acadêmica, que ocorre há três meses, mas que não está sendo aceita pela coordenação do curso. Cristian disse ao ac24horas que a agressão aconteceu depois que os alunos entraram no espaço físico do núcleo posteriormente os cadeados terem sido trocados na pouquidade dos estudantes e o entrada ter sido restringido.

O acadêmico conta que posteriormente os alunos entrarem no núcleo, os seguranças disseram que iriam acionar a polícia para retirá-los sob a argumento de que estavam invadindo e danificando o patrimônio, o que ele nega. Ele também diz que os acadêmicos têm o respaldo de um CEB (juízo de entidades de base), além de mais de 20 professores dos diversos centros da universidade para ocuparem o núcleo acadêmico.

“A conversa estava fluindo civilizadamente até o momento que o Edizio chegou no espaço extremamente histérico e modificado, gritando que deveríamos trespassar do espaço. No momento que virei de costas para ele, sem ao menos falar com o mesmo, ele me atacou”, relata Cristian, que informou ter tentado registrar um boletim de ocorrência na polícia, mas que não havia conseguido concluir o procedimento até o término do sábado.

Por meio de uma nota de justificação veiculada em sua conta no Instagram ainda na noite deste sábado, a Ufac negou que tenha havido agressão física contra qualquer aluno. A instituição federalista também afirmou que a ação da segurança foi necessária posteriormente a invasão de um prédio público, onde alunos arrombaram a porta, causando danos ao patrimônio e desrespeitaram o encarregado da segurança.

“Esclarecemos que a invasão, o dano ao patrimônio público e o desacato a um servidor público são atos graves e serão devidamente investigados pelas autoridades competentes. A Ufac, uma vez que uma instituição de ensino superior, não coaduna com a depredação de bens públicos nem com a falta de reverência aos seus servidores”, diz a nota.

Ainda na nota de justificação, a Ufac se solidarizou com o encarregado da segurança do campus e informou que a situação foi denunciada às autoridades.

Em glosa feito na publicação da instituição federalista, a professora Letícia Mamed, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federalista do Acre (Adufac), aponta incoerências na nota de justificação e afirma que a governo superior tenta emplacar uma narrativa fantasiosa sobre o vestuário.

“O vídeo amplamente divulgado nas redes é evidente quanto a agressão física sofrida pelo estudante. Entendo que a Governo Superior deseje se posicionar, mas tentar emplacar uma narrativa idílica perante a comunidade acadêmica é mostrar a sua inabilidade, novamente, para mourejar com a verdade. Sejamos honestos quanto aos fatos: um aluno foi covardemente agredido!”, postou.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o segurança indiciado da agressão contra o estudante. O espaço, entretanto, segue à disposição dele para que possa se manifestar a reverência do objecto.

A seguir, a íntegra da nota da Ufac:

Nota de Justificação

A Universidade Federalista do Acre (Ufac) vem a público esclarecer os fatos ocorridos neste sábado, 17 de agosto, no campus sede, em Rio Branco, relacionados ao incidente envolvendo a equipe de segurança patrimonial e alunos do Meio Acadêmico de História.

Contrariamente ao que tem sido veiculado, informamos que a equipe de segurança da Ufac não agrediu nenhum aluno. A ação da segurança foi necessária posteriormente a invasão de um prédio público, onde alunos arrombaram a porta, causando danos ao patrimônio público. Durante a ocorrência, o encarregado da segurança da Ufac foi desrespeitado e desacatado pelos alunos presentes.

Esclarecemos que a invasão, o dano ao patrimônio público e o desacato a um servidor público são atos graves e serão devidamente investigados pelas autoridades competentes. A Ufac, uma vez que uma instituição de ensino superior, não coaduna com a depredação de bens públicos nem com a falta de reverência aos seus servidores.

A Ufac também se solidariza com o encarregado da segurança do campus e reafirma seu compromisso com a integridade do patrimônio público e a segurança de toda a comunidade acadêmica. A situação foi devidamente denunciada às autoridades, e medidas serão tomadas para que os responsáveis sejam punidos de tratado com a lei.



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