Governo e empresários assinam acordo para resolver escassez de combustíveis e dólares na Bolívia

O presidente da Bolívia, Luis Arce, seu gabinete econômico e líderes dos setores privados assinaram na sexta-feira (16) um convenção com o objetivo de resolver a escassez de dólares e combustíveis no país por meio de créditos internacionais.

“O financiamento extrínseco é importante para introduzir divisas na economia pátrio e, por isso, é necessária a aprovação (no Parlamento) dos créditos pendentes”, disse à prelo o ministro da Economia, Marcelo Montenegro.

O governo e os empresários privados se comprometeram a seguir as negociações no Congresso e com entidades internacionais para injetar divisas na economia.

A oposição de meio e de direita, assim uma vez que os legisladores aliados ao ex-presidente Evo Morales (2006-2019), têm impedido a aprovação parlamentar dos empréstimos desde o ano pretérito.

Morales está em conflito com Arce devido à disputa sobre a candidatura presidencial pelo governo para as eleições de 2025, embora unicamente o ex-mandatário tenha antecipado sua candidatura.

O governo afirma que estão congelados no Congresso 11 créditos internacionais no valor de pouco mais de um bilhão de dólares (R$ 5,7 bilhões na cotação atual) para diversas obras no país.

Montenegro acrescentou que o Poder Executivo e os empresários veem a urgência de que se busquem “novos financiamentos externos junto a organismos internacionais que permitam a chegada de divisas à nossa economia”.

Em relação à escassez de combustíveis, o governo se comprometeu a facilitar os trâmites para que os empresários possam realizar importações diretas.

Situação sátira

O presidente da Confederação de Empresários Privados da Bolívia (CEPB), Giovanni Ortuño, afirmou que “a Bolívia vive uma situação sátira em sua economia e que, se não forem tomadas medidas urgentes e eficazes, pode se exacerbar e se tornar insustentável”.

A escassez de gasolina e diesel é recorrente a cada dois ou três meses na Bolívia.

Desde o ano pretérito, o país relata uma subtracção na ingressão de divisas, devido à redução nas vendas de gás, sua principal nascente de renda até 2020.

O governo do presidente de esquerda Luis Arce teve que recorrer às reservas internacionais para subsidiar o preço dos combustíveis importados.

A Bolívia compra o litro de gasolina dos países vizinhos a 0,86 dólares (R$ 4,70) e revende no mercado lugar a 0,53 dólares (R$ 2,90).

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