MM 2024: Na Allos, uma líder em busca de cada vez mais ‘share of life’
Os shopping centers se saíram muito do teste de lume da pandemia. Mas ninguém saiu mais potente que a Allos: em cinco anos, a portanto Aliansce passou de sexta maior empresa do setor na América Latina para a líder isolada em 2023 — duas vezes maior que a segunda colocada no Brasil em extensão locável.
O ano pretérito marcou o maior passo da Allos, com a peroração da fusão com a BR Malls, em janeiro. A empresa combinada faturou 2,7 bilhões de reais, 10% a mais que no ano anterior. Os lojistas de seus mais de 50 empreendimentos venderam 40 bilhões de reais no ano.
Já cacifada depois da junção com a Sonae, em 2019, a integração ocorreu com uma entrega de resultados rápida. A projeção era chegar a um Ebitda de 2 bilhões de reais em um ano, perante 1,8 bilhão de reais das empresas combinadas na largada. O número veio já no segundo trimestre depois a fusão, quando se considera o desempenho em 12 meses. “Queremos tomar cada vez mais ‘share of life’ do consumidor, trazer ele para o shopping com uma experiência cada vez mais aprazível e completa”, afirma o CEO Rafael Sales.
Secção do bom desempenho vem também da parceria com os lojistas — e da tecnologia. Batizada de Sistema Bahia, uma plataforma proprietária trouxe ciência para a relação. A partir de uma ampla base de dados e perceptibilidade sintético é provável saber qual é a precificação ideal de contrato por segmento e região.
Além de comprar shoppings, a Allos soube vender. Captou 1,8 bilhão de reais em dez vendas de participações e usou os recursos para aumentar a remuneração dos acionistas. Com isso, as ações fecharam 2023 com subida de 60%, muito supra de seus pares listados. “Fomos vencendo o ceticismo com trabalho e entrega de resultados”, afirma a CFO Daniella Guanabara. A executiva não é exceção: muro de 50% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, um dos maiores patamares do varejo.