Incêndios florestais em Portugal causaram sete mortes e destruíram 10 mil hectares

Portugal mobilizou mais de 3.700 bombeiros nesta terça-feira, 17, depois de pedir a outros países europeus na segunda-feira, 16, para controlar os incêndios que destruíram em três dias mais superfície que todos os incidentes registrados durante o verão, segundo um balanço da proteção social.

“Tivemos muito terror”, diz com lágrimas nos olhos a aposentada Maria Ribeiro, que vive em Pousada-a-Velha, superfície de Portugal ameaçada pelos vastos incêndios florestais que deixaram sete mortos e que destruíram murado de 10.000 hectares.

Os maiores incêndios atingiram a região de Aveiro e foram mormente destrutivos em vilarejos próximos ao município de Pousada-a-Velha. “Queimaram todas as minhas terras (…) tive a sorte que minha morada não foi atingida”, relatou em lágrimas Ribeiro, de 82 anos.

Em todo o país, há quase 50 focos ativos e murado de 1.000 veículos mobilizados, além de vinte aviões e helicópteros. Desde que as autoridades pediram ajuda aos países do entorno, os Canadair enviados pela Espanha se somaram ao dispositivo e, durante o dia, se espera a chegada de ajuda da França, Itália e Grécia.

O comandante vernáculo de proteção social, André Fernandes, atualizou o balanço de mortos. “Lamentamos a morte de três bombeiros, duas mulheres e um varão, presos nas chamas enquanto lutavam contra um incêndio perto de Nelas, na região de Viseu, no setentrião”.

Um brasílico de 28 anos que trabalhava para uma empresa florestal em Pousada-a-Velha morreu na segunda-feira. Outras duas pessoas morreram em seguida tolerar crises cardíacas e um bombeiro voluntário que lutava contra os incêndios perto de Oliveira de Azeméis morreu no domingo durante o folga dos trabalhos para combater as chamas.

Maria do Carmo Roble, de 70 anos, esperava impaciente a chegada dos serviços de emergência. “Nunca vi zero parecido”, afirmou com os olhos irritados pela fumaça, em seguida ter tentado lutar contra as chamas na segunda-feira com a ajuda de sua família para salvar suas aves de curral.

As chamas se propagaram muito rápido estimuladas pelos fortes ventos e por temperaturas de mais de 30ºC e deixaram um rastro de árvores carbonizadas, arbustos queimados e o solo tinto de preto.

País em alerta

O país está em alerta supremo pelos incêndios desde o término de semana, mas a situação se agravou na segunda-feira e os incêndios deixaram pelo menos 40 feridos, entre eles 33 bombeiros, segundo o último balanço das autoridades.

Os habitantes do povoado afirmam que não haviam visto um incêndio dessa magnitude em mais de 20 anos. “Me refugiei em minha morada. Nunca vi zero parecido. O queimada cercou o povoado e os aviões não conseguiam voar devido à fumaça”, relatou Maria Fátima, de 67 anos.

Especialistas indicam que o aumento das ondas de calor, assim porquê sua crescente duração e intensidade, são consequências da mudança climática. A Península Ibérica é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global, e as canículas e a seca favorecem a propagação de incêndios.

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