Brasil fica em 13º em produção científica no mundo e vê queda nos últimos anos – ac24horas.com

Ainda com uma pesquisa com desempenho modesto, aquém da média internacional e em queda nos últimos anos, o Brasil se mantém na 13ª colocação no mundo em relação ao número de publicações científicas, de 2019 a 2023.

Os dados são segmento do relatório “Quadro das Mudanças na Pesquisa no Brasil”, produzido pela Clarivate e divulgado, nesta quinta-feira (15), pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). A estudo é feita em relação a todos os países do mundo, mas o relatório destaca os 20 líderes em produção.

O país publicou, no período de cinco anos, 458.370 estudos, número próximo aos vizinhos imediatos de ranking Coreia do Sul e Rússia. O valor, porém, é consideravelmente distante dos líderes EUA (mais de 4 milhões de publicações), China (mais de 3,6 milhões) e Reino Uno (mais de 1,2 milhão).

Depois um período de estável incremento, desde 2021 o número de publicações científicas tem tombado, segundo os dados apresentados. A queda, porém, reflete a tendência encontrada mundo afora.

Um outro relatório recente, mas da editora científica Elsevier e da Escritório Bori, também observa dados sobre publicações de pesquisas, apontou dados semelhantes de queda na produção científica no Brasil e no mundo.

Denise Pires de Roble, presidente da Capes, afirmou, durante a apresentação do relatório da Clarivate, que a queda na produção científica no país pode ser explicada, em segmento, pela subtracção do fomento por segmento do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).

“Não se faz ciência, não se produz conhecimento sem o adequado investimento”, disse Roble.

Considera-se porquê um estudo publicado brasílico aquele que tem qualquer responsável que faça segmento de uma instituição pátrio. Caso um estudo tenho autores de diferentes nacionalidades, a pesquisa é contabilizada unitariamente para cada um dos países envolvidos, ou seja, mesmo que haja mais de um responsável de um mesmo país, a pesquisa só será contabilizada uma vez.

Já o percentual de estudos brasileiros altamente citados —o número de vezes em que uma pesquisa é citada, em bibliografia, por outros estudos é tido porquê uma medida de impacto e valor do material— permanece aquém da média mundial. Valores próximos a 0,8% dos artigos publicados no Brasil ficaram entre os 1% de estudos mais citados (a média global é de 1%). Já o percentual das pesquisas entre as 10% mais citadas vem caindo sempre, chegando sobre 6% em 2023 (a média mundial é 10%).

Outro ponto analisado pela Clarivate é uma métrica de impacto das pesquisas, feita a partir de um operação que envolve as citações de cada estudo. Nesse ponto, o Brasil tem pesquisas com impacto de citação menor que outros países de destaque da América Latina (as nações latino-americanas com maior produção no período foram Brasil, México, Chile, Argentina e Colômbia), do G7 e do Brics (conjunto formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Um oferecido interessante observado na pesquisa é a publicação de pesquisas de aproximação simples. Algumas das principais revistas científicas do mundo possuem paywall, no qual quem quiser ler o teor deve remunerar um valor. Mas, ao mesmo tempo, há pesquisas que possuem aproximação simples e periódicos científicos que podem ser acessados por qualquer um.

Segundo a estudo da Clarivate, no período analisado, de 53% a 56% dos estudos publicados estiveram disponíveis de modo simples. Olhando para outros países, o Brasil fica no meio da tábua, com números próximos aos dos EUA (tapume de 58%), Austrália (tapume de 56%) e Canadá (tapume de 54%).

Os Países Baixos lideram a lista de aproximação simples, com pouco mais de 84% dos artigos publicados sob essa forma. A lista segue com Suíça (77%) e Reino Uno (76%).

A Clarivate também olhou para quais são os periódicos de aproximação simples (especificamente o chamado aproximação ouro, no qual os autores pagam uma taxa para o item ser disponível ao público). O top três é formado pelas revistas Scientific Reports (do grupo Nature), Plos One e Ciência & Saúde Coletiva.

Quanto à colaboração internacional, outro ponto importante no universo científico, o Brasil também segue a tendência mundial, com incremento praticamente estável desde 2014, chegando, em 2023, a 38% de artigos publicados com coautores de outros países. Os norte-americanos (12,8%) e os britânicos (5,7%) são os coautores mais frequentes nas pesquisas brasileiras.

Há predominância temática nas colaborações com diferentes países. Por exemplo, a colaboração com Espanha, Alemanha, França e China é mais frequente em ciência exatas e da terreno. Já com EUA e Reino Uno, em ciências da saúde.

O trânsito entre ateneu e indústria também é tratado no levantamento. A Clarivate fez um ranking com as empresas com mais colaborações em pesquisas publicadas. No topo, aparece o Research Institute for Fragrance Materials, dos EUA, seguido pela brasileira Petrobras e pela farmacêutica GlaxoSmithKline, do Reino Uno.

Há destaque no cenário pátrio para parcerias com a indústria farmacêutica. Segundo o levantamento, do totalidade de estudos publicados que possuem colaboração da indústria, 25% são relacionados a ensaios clínicos —ou seja, estudos relacionados a medicamentos.

A valor da questão de saúde na pesquisa pátrio também está evidente em outro oferecido: ciências da saúde é a maior superfície de estudo no país, responsável por tapume de 27% das publicações. É também a superfície de conhecimento pátrio com maior média de impacto das citações.

Ao todo, a colaboração da indústria é restrita: somente 1,5% dos estudos publicados. Entre os países em que essa colaboração é mais poderoso, o valor não passa de 7%, porquê é o caso dos Países Baixos.

Por término, olhando a pesquisa, citações e impacto por estado, a liderança é de São Paulo.

Os dados da estudo da Clarivate são provenientes do Web of Science Core Collecttion e InCites Benchmarking & Analytics, além de fontes complementares. Esse banco de informações dá aproximação aos dados gerais de dezenas de milhares de revistas, inúmeras delas caracterizadas porquê de cimeira impacto.



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