Alemanha prevê reduzir pela metade ajuda militar para a Ucrânia

A Alemanha, o segundo maior apoiador da Ucrânia em seguida os Estados Unidos, planeja reduzir pela metade sua ajuda militar a Kiev em 2025, segundo uma natividade parlamentar citada pela AFP neste sábado (17).

Em vez disso, o governo de Olaf Scholz pretende utilizar os recursos gerados pelos ativos russos congelados para continuar apoiando a ex-república soviética, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

O governo teuto não prevê nenhuma “ajuda suplementar” aos 4 bilhões de euros (R$ 24 bilhões) que estão incluídos no orçamento do próximo ano para a Ucrânia, informou a natividade à AFP. A ajuda que Berlim forneceu a Kiev neste ano chegou a 8 bilhões de euros (R$ 48 bilhões).

Para indemnizar a redução, a Alemanha aposta na “geração, no contexto do G7 e da União Europeia, de um instrumento financeiro que utilize os ativos russos congelados”, segundo outra natividade interna do Ministério das Finanças.

Essas informações confirmam os relatos do jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Em sua edição de termo de semana, o periódico afirmou que a medida fazia segmento de um convénio entre o patrão do governo, do partido social-democrata de centro-esquerda, e o ministro das Finanças, Christian Lindner, do partido liberal.

Redução de gastos

O orçamento de 2025 tem sido objeto de intensos debates entre os parceiros da coalizão governamental na Alemanha, que inclui o partido liberal FDP, os Verdes e os social-democratas, para reduzir os gastos.

O ministro das Finanças pediu aos seus colegas de governo que economizem para satisfazer uma norma constitucional que visa impedir que o Estado contraia dívidas excessivas.

O orçamento, no entanto, continuará sendo discutido antes de sua aprovação no final do ano. O ministro das Finanças afirmou neste sábado que está desobstruído a considerar gastos adicionais para a Ucrânia, caso a caso.

O legado ucraniano na Alemanha, Oleksei Makeiev, escreveu na rede social X que “a segurança da Europa depende da vontade política da Alemanha de continuar desempenhando um papel de liderança no pedestal à Ucrânia”.

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