
AIE teme ‘tensões’ no fornecimento de metais para a transição energética
Mina de lítio em Echassierres, França, em 17 de janeiro de 2024
Olivier Chassignole
A Filial Internacional de Pujança (AIE) alertou para possíveis “tensões” no fornecimento mundial de minerais e metais críticos para a transição energética e apelou a um aumento dos investimentos neste setor.
“A queda dos preços de minerais críticos” uma vez que o cobre, o lítio e o níquel, utilizados para transmitir eletricidade ou nas baterias de veículos elétricos, centrais eólicas e painéis solares, “esconde o risco de futuras tensões no fornecimento”, disse a AIE em seu segundo relatório anual do setor publicado nesta sexta-feira(17).
A escritório estima em “800 bilhões de dólares” o totalidade de investimentos necessários até 2040 para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC em relação à era pré-industrial, meta definida no Convenção de Paris de 2015.
A desvalorização das matérias-primas, que reduziu os preços das baterias em murado de 14%, também pode frear os investimentos em mineração.
Em 2023, o preço do lítio caiu 75%, já o níquel, cobalto e grafite caíram entre 30 e 45%.
Em volume, os metais com maior risco de suportar “tensões” no fornecimento são o lítio e o cobre, que apresentam “uma vácuo significativa” entre as perspectivas de produção e consumo, segundo o relatório.
A urgência desses materiais aumenta. Em 2023, as vendas de veículos elétricos subiram 35% e a instalação de painéis solares e vontade eólica aumentaram 75%.
Os eletrolisadores que produzem o hidrogênio verdejante necessário para descarbonizar a indústria de base e para os transportes requerem metais uma vez que níquel, platina ou zircão. O prolongamento dessas instalações em 2023 foi de 360%, segundo o relatório.
A AIE alerta também para a urgência de variar o provimento para enfrentar a supremacia da China, mormente na fabricação de dois componentes-chave das baterias automotivas: ânodos (98% da produção) e cátodos (90%).
“Mais da metade do processo de fabricação de lítio e cobalto passa pela China. E o país domina completamente a ergástulo produtiva do grafite”, também utilizado em baterias e na indústria nuclear, afirma.
– Riscos sociais e ambientais –
Porém, a exploração de minas representa riscos sociais e ambientais para as comunidades vizinhas, alertam ONGs.
“Se continuarmos neste ritmo, corremos o risco de nos depararmos com a devastação da natureza, da biodiversidade e dos direitos humanos” em uma economia descarbonizada, livre de petróleo, gás e carvão, disse à prelo Galina Angarova, representante da tribo siberiana buryat e que lidera um grupo de resguardo dos direitos dos povos indígenas.
Adam Anthony, da ONG Publish What Your Pay e que atua na Tanzânia, aponta outro problema: na África, por exemplo, a exploração das mineradoras não proporciona qualquer valor às populações locais.
“Quando falamos de minerais críticos, temos que nos perguntar: para quem eles são críticos?”, enfatiza Anthony.
“Não recebemos nenhum mercê dessa extração”.