Onda de calor e baixa umidade seguem no Brasil, com tempestades no Sul; veja previsão do tempo

A baixa umidade deve atingir quase todo o país nesta sexta-feira, 13, combinada às altas temperaturas, causadas pela vaga de calor que avança do Amazonas a Santa Catarina. O Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, que indica “grande risco”. Para esta semana, um outro alerta meteorológico do instituto aponta uma novidade vaga de calor, que fará a temperatura aumentar em até 5ºC supra da média histórica pelos próximos dias. No Sul, a previsão é de tempestade para a sexta-feira.

O alerta de vaga de calor do Inmet atinge os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, além de partes do Rio de Janeiro, Minas, e do Amazonas. Nestas áreas, o instituto emitiu um alerta vermelho de “grande risco”. Já no Sul, um alerta de menor sisudez, de “risco”, deve afetar Santa Catarina e partes do Paraná. Com a baixa umidade, as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas cidades.

O Inmet também prevê baixa umidade para quase todo o país nesta quinta-feira, seguindo o padrão desde o início da semana. Combinada às altas temperaturas, causadas pela vaga de calor que avança do Amazonas a Santa Catarina, a umidade relativa do ar deve permanecer entre 20% e 30% durante todo o dia.

O alerta emitido pelo Inmet recai sobre 18 estados: Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Setentrião, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Província Federalista.

O Inmet emitiu também um alerta de tempestades para Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nesta sexta-feira. Em algumas regiões do Sul, o aviso se estende até a tarde, com chuva entre 20 a 50 mm por dia, ventos intensos, entre 40 e 60 km/h, e queda de saraiva.

O Inmet também prevê, para esta sexta-feira, fortes ventos no Nordeste. O Instituto emitiu alertas de vendaval e de ventos costeiros, que devem atingir nove estados na região.

Veja todos os alertas emitidos pelo Inmet para sexta-feira.

Quando chove em São Paulo?

A qualidade do ar segue piorando ao longo da semana. Na última quarta-feira, todas as estações da Cetesb, companhia ambiental do estado, apresentaram qualidade ruim ou muito ruim, à exceção de Diadema, no ABC paulista, que registra qualidade moderada.

Para a Cetesb, a situação só vai melhorar quando os focos de incêndio forem controlados e com a mudança do tempo, que permita a dissipação dos poluentes. O tempo sequioso e quente piora a qualidade do ar. A previsão é de que, no domingo, a capital paulista tenha alguma chuva.

Segundo o Climatempo, uma mudança brusca de temperatura está prevista para o domingo, quando a máxima será de 20°C e a mínima de 16°C. A expectativa é de que a precipitação seja de 0.7 milímetros, com uma noite nublada e “possibilidade de garoa”.

Vaga de calor?

A MetSul meteorologia explica que o Brasil está sob a influência de uma tamanho de ar extremamente sequioso e quente, o que também resulta em umidade muito baixa. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Núcleo-Oeste e do Sudeste. Durante a tarde, o nível ficou até inferior de 10% em alguns locais, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar inferior de 20% são considerados uma situação de emergência.

O final de semana já foi de muito calor em boa segmento do país, com marcas supra de 40ºC em alguns lugares, uma vez que Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS), onde fez 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO), que marcou 40,3ºC. Mas, segundo a MetSul, a vaga de calor no Brasil vai lucrar força e atingir o seu supremo de intensidade nesta semana.

A estiagem prolongada e o solo a cada dia mais sequioso criam um ciclo que se retroalimenta, afirma a MetSul. Nos próximos dias, a tamanho de ar sequioso e quente sobre o Brasil vai se intensificar ainda mais e se expandir.

Subida de queimadas

A partir da seca, o Brasil vem sofrendo com a subida de queimadas, que leva consequências às cidades do Setentrião e do Sul. Isso também contribui para o aumento das temperaturas. Além dos municípios do Setentrião estarem sofrendo com as queimadas da própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste recebem a fumaça, já que um galeria de vento se desloca do Setentrião ao Sul do país, no momento.

No final de semana, foram registrados 7028 focos de calor no país, de harmonia com dados do Programa Queimadas do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está inferior do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao incêndio.

De harmonia com os dados da IQAir, Porto Velho, Rio Branco e São Paulo tiveram as piores qualidades de ar do mundo, no domingo, 8.

Coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da PUC-Rio, Adriana Gioda explica que os valores estavam mais de 10 vezes supra do limite seguro recomendado pela OMS.

“Ou seja, toda a população (dessas cidades) pode apresentar riscos de revelação de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de aumentar a possibilidade de mortes prematuras em grupos de risco”, afirma a técnico.

 

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