Lyon não será rebaixado por conta de crise financeira

Proprietário do Lyon e sócio majoritário da SAF do Botafogo (os dois fazem secção da mesma holding), John Textor garantiu, neste sábado (16), em entrevista coletiva, que o clube gaulês não vai desabar para a Segunda Ramificação por conta dos problemas financeiros que vem enfrentando. Os franceses, na última sexta-feira (15), sofreram um transfer ban da Direção Vernáculo de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP). Ou seja, não podem contratar e inscrever reforços na próxima janela de transferências internacionais, em janeiro. Aliás, o órgão fiscalizador daquele país ameaçou o Lyon de rebaixamento, ao termo da temporada, caso a junta não resolva o déficit.

O mandatário norte-americano assegurou que, até o termo do ano, o Lyon resolverá suas pendências econômicas. Segundo Textor, a venda “iminente” de 45,3% das ações do Crystal Palace, clube da Eagle Football Holdings, cobriria mais do que o valor necessário para quitar o débito.

“O Lyon não será rebaixado. Não há chance disso. Nas projeções, temos muito mais quantia do que precisamos. A decisão da DNCG, portanto, não tem impacto em transferências. A vazio que tem que ser coberta entre agora e o final do ano é de 100 milhões de euros (R$ 610,9 milhões). Até lá não teremos problemas. A DNCG não trabalhou com o nosso padrão de rede multiclube e com o nosso horizonte. Nós temos recursos. Se falharmos em tudo, temos acionistas. Ninguém vai deixar o clube ser rebaixado”, insistiu.

Argumentos de Textor não convencem DNCG

O jornal “L’Équipe”, da França, no entanto, destaca que John Textor não convenceu a DNCG. Esta é a razão pela qual o Lyon recebeu a proibição de novas contratações e maior controle sobre a folha de pagamento, além da possibilidade de queda para a Segundona daquele país. A entidade esperava que o clube apresentassem 100 milhões de euros (R$ 610,9 milhões) uma vez que garantia financeira.

E o Botafogo?

Neste contexto, o Botafogo poderia, logo, ser uma tábua de salvação ao vender jogadores para ajudar a Eagle, uma vez que, aliás, o próprio Textor sinalizou na última sexta. A holding registrou déficit de 25,7 milhões de euros (R$ 157 milhões) ao termo de 2023/24. A perda de receitas, de conciliação com a prelo francesa, elevou a dívida da Eagle a 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões).

“Temos um excesso de grandes jogadores. O técnico tem decisões quase impossíveis a tomar. Odeio rumores sobre quem vamos vender, mas tudo depende de oportunidades. Com certeza, há exuberância de jogadores. Se clubes não quiserem comprar pelo preço manifesto, nós simplesmente não vamos vendê-los”, disse o mandatário.

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