
'Shōgun': a série japonesa que fez história no Emmy — e 9 milhões de americanos a lerem legendas
Na noite do último domingo, 15, a premiação da 76ª edição do Primetime Emmy Awards foi recheada de “primeiras vezes”. Boa segmento delas protagonizadas pela produção “Shōgun” (“Xógun: A Gloriosa Saga do Japão”, no título em português), que tem a maior segmento de seu elenco constituído por atores japoneses — e falando em nipónico.
No totalidade, “Shōgun” conquistou 18 estatuetas, quatro delas exibidas na noite de ontem — Melhor Ator em Série Dramática (Hiroyuki Sanada), Melhor Atriz em Série Dramática (Anna Sawai), Melhor Direção em Série Dramática (Frederick E.O. Toye) e Melhor Série de Drama — e outros 15 nas categorias mais técnicas e criativas, no Creative Arts Emmy Awards.
Com as vitórias, a produção da FX fechou a noite com o título de primeira série não falada em inglês, na história da televisão, a levar o maior prêmio da noite. Sawai se tornou a primeira mulher japonesa a receber um Emmy porquê Melhor Atriz, assim porquê Sanada, porquê Melhor Ator, e a série quebrou o recorde porquê a mais premiada por uma primeira temporada.
Elenco de “Shogun”, incluindo Anna Sawai, vencedora do prêmio de Melhor Atriz Principal em Série Dramática, e Hiroyuki Sanada, vencedor do prêmio de Melhor Ator Principal em Série Dramática do Emmy. (Frazer Harrison/Getty Image/AFP)
Disponível na plataforma do Disney+, o título é fundamentado no livro de mesmo nome, escrito por James Clavell em 1975. Se passa no ano de 1.600, quando o logo estrangeiro inglês John Blackthorne (Cosmo Jarvis) — ou “Anjin”, vocábulo japonesa para “estrangeiro” — chega com seu navio e tripulação ao Japão feudal. Por lá, porquê prisioneiro, ele se torna uma peça estratégica em um jogo maior de poder pelo controle do país, dividido, na era, entre cinco senhores feudais. Um deles, Yoshi Toranaga (Hiroyuki Sanada), porquê a mente por trás do jogo de disputa política, com libido de iniciar um xogunato — um governo ditatorial imposto pelo superintendente militar supremo da região (o xogum).
Ainda que a figura de poder maior da série esteja com Sanada, a história de “Shōgun” vai além da trama política. Talvez por isso conquistou tanto a sátira especializada: a produção insere o testemunha profundamente na cultura japonesa, seja pelos figurinos que apresenta, seja pelos costumes que revela. E muito categorizada porquê drama — muito sustentada pela atuação de Anna Sawai —, “Shōgun” abre espaço para o romantismo, para o mistério e para a ação, que fica a função de personagens porquê Toranaga, Kashigi Yabushige (Tadanobu Asano) e John Blackthorne. Katanas se misturam com canhões à medida que ‘Anjin’ entende a origem das doutrinas, das escolhas dos personagens, dos valores que as tradições carregam. E o público, tão estrangeiro quanto ele, se reconhece no personagem e acompanha a evolução nítida proposta pelo roteiro.

A atriz japonesa Anna Sawai (E), vencedora do prêmio de Melhor Atriz em Série Dramática por “Shogun”, e o ator nipónico Hiroyuki Sanada, vencedor do prêmio de Melhor Ator em Série Dramática por “Shogun”. (Robyn Beck/AFP)
Frederick E.O. Toye também levou o prêmio pela direção do incidente “Crimson Sky” (“Firmamento Carmesin”), mais do que merecido. O nono entre os 10 capítulos disponíveis mostra um dos momentos mais marcantes (e emocionantes) da série, em um orgasmo que condensa e assina a atuação de dois de seus principais personagens. O direcionamento de câmera nas cenas de ação, assim porquê a preparação dos atores, trazem de vestuário um dos melhores episódios entre os demais concorrentes.
Sucesso desde a estreia
Prêmios à segmento, “Shōgun” também chegou para provar que o público norte-americano está começando a permanecer mais crédulo para produções internacionais. Nos Estados Unidos, a série foi assistida por 9 milhões de espectadores nos primeiros seis dias posteriormente a estreia, o maior lançamento de uma série FX no Hulu no país. O título também foi a estreia da série número 1 para um programa com roteiro da Disney General Entertainment no cenário internacional.
O alcance impressiona, oferecido que a produção tenha a maior segmento dos diálogos em nipónico — o que obriga os norte-americanos a lerem legendas. A temática, muito baseada na cultura ocidental, pareceu aproximar mais o público do que afastá-lo, o que abre precedentes para que produções de fora dos EUA sejam mais reconhecidas, assistidas e, consequentemente, premiadas.
A primeira temporada de “Shōgun”, que conta com 10 episódios com a média de 58 minutos cada, está disponível na plataforma da Disney+.