
O quão humana será a Lu, do Magalu? Diretor de IA aposta na tecnologia para transformar a varejista
Você sabe o que faz um CAIO? A pergunta não é sobre o nome próprio, mas sobre o missão de Chief Sintético Intelligence Officer, o diretor de lucidez sintético de uma empresa, em bom português. A posição ainda é novidade, mas começa a inventar as mesas de diretorias de empresas dos mais variados setores. No caso da varejista Magalu, o título dá conta de ambas as situações, pois Caio Gomes é o nome do executivo nomeado no início de agosto para a função inédita na empresa.
Adiante da novidade diretoria, criada para apressar o desenvolvimento do “cérebro da Lu”, uma IA generativa voltada para melhorar a experiência dos clientes da varejista e tornar o avatar icônico em alguma coisa que mescle o real com o virtual, Gomes traz uma bagagem sólida no setor de tecnologia e dados. Graduado em Física pela Universidade de São Paulo (USP), ele possui mestrados em Teoria das Cordas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Física e Matemática pela École Polytechnique, na França. Também tem passagens pela Amazon, Nubank, Único e Booking.
Caio Gomes: Chief Sintético Intelligence Officer do Magalu (Magalu/Divulgação)
Em entrevista à EXAME, o novo diretor ressaltou que tem sido um período intenso de aprendizagem e implementação de ideias dentro do Magalu, com grande demanda e interesse por secção da liderança da empresa. Segundo ele, o principal duelo é escolher as primeiras apostas, que vão desde pequenos projetos de otimização até grandes iniciativas em logística, marketing e atendimento ao consumidor.
Para Gomes, o sucesso das iniciativas de lucidez sintético deve ser medido por métricas de negócios, porquê aumento de receita e redução de custos. Ele acredita que a personalização impulsionada por IA tem uma demanda significativa dos clientes, o que reforça a premência de gerar um conduto conversacional multimodal, oferecendo uma experiência de compra mais interativa e personalizada, unindo, por vezes, as experiências do dedo e física por meio da IA.
Você assumiu o missão de diretor de lucidez sintético do Magalu há muro de 15 dias. Uma vez que tem sido essa experiência inicial?
É um momento de muitos alinhamentos. Desde o CEO Frederico Trajano até a Luiza Helena, passando por todos os diretores e gerentes, há muita demanda e interesse em discutir e implementar novas ideias e tecnologias. Existe uma grande oportunidade de restruturar a empresa com esse foco, e estou aprendendo muito sobre a Magalu e seus negócios. Há milhões de oportunidades, mas o duelo é escolher as primeiras apostas e executá-las muito. Não dá para fazer tudo de uma vez.
E quais desafios você vê pela frente? Uma vez que está estruturada a extensão de IA na Magalu?
Um dos principais desafios é escolher as primeiras apostas e executá-las com precisão. Adotei um protótipo de duas camadas: a primeira foca em pequenos projetos de otimização, que são importantes, mas não transformadores. A segunda envolve grandes iniciativas, porquê em logística, marketing e atendimento ao consumidor, que têm potencial para gerar economia ou ganhos substanciais. Passei as últimas semanas mapeando essas grandes apostas junto com os líderes da empresa.
Uma vez essas iniciativas rodando, porquê medir o sucesso da lucidez sintético na operação, principalmente em um campo tão novo e com benchmarks ainda em desenvolvimento?
A lucidez sintético é uma utensílio para resolver problemas, e o sucesso deve ser medido por métricas de negócios, porquê aumento de receita, redução de custos e engajamento de usuários. Projetos que não trazem resultados concretos tendem a ser abandonados. O foco precisa estar em resolver as grandes dores da empresa e não somente em implementar IA por implementar.
Pensando na experiência do Magalu, porquê você vê a personalização impulsionada por IA? Há realmente uma demanda significativa dos clientes por isso?
Sim, há muitos indicadores de que os clientes desejam uma experiência mais personalizada. A teoria é gerar um conduto conversacional multimodal, onde o cliente possa interagir de forma mais pessoal, quase porquê antigamente, quando o atendimento nas lojas era mais próximo e personalizado. Queremos trazer essa sensação para o e-commerce, onde a Lu pode atuar porquê influenciadora, vendedora, assistente de compras e outras funções cada vez mais inteligente e personalizada.
Na apresentação do seu missão, uma das missões descrita foi a otimização do cérebro da Lu. Mas o que exatamente significa deixar a Lu mais inteligênte?
Significa convergir a lucidez sintético no meio das operações da empresa. Queremos restruturar processos a partir da perspectiva da IA, em vez de somente usar a IA para apressar processos já existentes. Isso implica repensar porquê a IA pode ser a base de novas operações, desde o início
Olhando para o porvir da lucidez sintético generativa, qual é a sua visão? Vamos ver isso em produtos menores ou em soluções integradas ao dia a dia das pessoas?
Eu acredito que o porvir da IA generativa está em resolver as dores do consumidor. Veremos cada vez mais produtos focados em necessidades específicas, e as empresas que conseguirem fazer isso vão se ressaltar. O duelo é gerar soluções que realmente agreguem valor. Por exemplo, a Magalu pode usar IA para repensar a jornada de compra de uma maneira que seja mais interativa e conversacional, mas sempre focada em resolver problemas reais dos consumidores.
Uma vez que você vê a posição do Brasil nesse cenário de inovação em IA? A Magalu tem potencial para liderar iniciativas que mudem a percepção do Brasil porquê somente um consumidor de tecnologia?
Estamos em um momento único, onde o jogo está começando novamente. O Brasil é grande o suficiente para gerar soluções locais que atendam ao nosso mercado, e o momento é propício para investir nisso. Temos a chance de reencetar e, com os investimentos certos, o país pode deixar de ser somente um consumidor e se tornar um fundador de tecnologia. No caso do Magalu, estamos focados em desenvolver tecnologias que resolvam problemas reais e que possam até mesmo se tornar produtos exportáveis, adaptados à verdade brasileira, mas com potencial de impacto global.