
Uma nova voz | Exame
Ayrton Senna é uma marca? Ninguém mais tem incerteza disso. Três décadas depois do fatídico acidente em Ímola, seu nome já movimentou mais de 1,2 bilhão de dólares em vendas e licenciamentos, segundo estimativas da Senna Brands, braço empresarial da família Senna que controla as marcas Senna e Senninha, personagem infantil criado em vida pelo próprio Ayrton.
São milhares de produtos licenciados vendidos ao volta do mundo, todos os anos. A teoria é perenizar o nome do piloto e torná-lo relevante para quem nunca viu suas corridas — e, com o tempo, nem sequer vai relacioná-lo com a Fórmula 1.
Três décadas, em termos de notícia, equivalem a um século. Em 1994, a tecnologia tinha papel secundário na construção de marca. O termo “lucidez sintético”, portanto, soaria uma vez que ficção científica, alguma coisa uma vez que um incidente de Black Mirror — se naquele tempo existisse transmissão por streaming, evidente.
Em dias atuais, a lucidez sintético generativa tem potencializado a conexão com consumidores e fãs. Para empresas e influenciadores, a construção de branding nunca foi tão excitante. Esse é o tema desta EXAME CEO .
Um exemplo marcante foi a campanha Gerações, lançada pela Volkswagen no ano pretérito para comemorar os 70 anos da empresa no Brasil. Com mais de 2,7 bilhões de “impactos”, foi considerada a campanha de maior engajamento da história da publicidade brasileira. O sucesso se deve, em grande medida, ao uso de lucidez sintético. Foi o que possibilitou o dueto entre a cantora Maria Rita e sua mãe, Elis Regina, que morreu 42 anos detrás, quando a filha tinha 4.
Para muitas empresas, a adesão à IA generativa virou a ordem do dia. Segundo um levantamento da Bain & Company, 72% dos executivos de companhias brasileiras enxergam a tecnologia uma vez que prioritária para os investimentos de 2024. Só 9% dos respondentes disseram que suas empresas já fazem uso de uma automação ou outra de maneira disseminada.
De empresas diversas uma vez que Albert Einstein e Mondeléz, do mercado automotivo ao mercado financeiro, não faltam exemplos de iniciativas utilizando lucidez sintético uma vez que alavanca para aumentar alcance, produtividade e lucratividade. Até mesmo os fãs do ídolo Ayrton Senna já se beneficiaram da tecnologia. Na exposição Eu, Ayrton Senna da Silva — 30 Anos, que esteve em edital leste ano no Rio de Janeiro, a voz do piloto foi recriada por IA para invitar o público a visitar os 600 metros quadrados da mostra imersiva e interativa. Boa leitura!