Judiciário e Legislativo querem manter seus interesses e não estão dispostos a um consenso, diz especialista à CNN
O cenário político brasílico enfrenta uma escalada de tensões entre o Supremo Tribunal Federalista (STF) e o Congresso Pátrio, com ambos os lados aparentemente dispostos a proteger seus interesses a todo dispêndio.
Essa é a estudo do CEO da consultoria de risco Dharma, Creomar de Souza, que alerta para os riscos dessa postura para o estabilidade entre os Poderes.
Segundo o profissional, o contexto atual é marcado por um aumento significativo nas críticas direcionadas ao STF, mormente ao ministro Alexandre de Moraes.
“O que nós temos visto em padrão histórico do Supremo Tribunal Federalista é que os ministros são muito capazes de levantar um muro de proteção em obséquio deles mesmos sempre que eles veem uma ameaço”, explica Souza.
Reação do Judiciário e expectativas frustradas
A expectativa inicial era de que o ministro Flávio Dino levaria a decisão sobre a questão em disputa para o plenário do STF, o que daria tempo para a construção de um harmonia.
No entanto, em seguida ataques verbais mais agressivos por secção de membros do Congresso, o Supremo parece ter optado por uma postura mais assertiva.
“O que nós vimos é que não por casualidade há uma ação ontem muito agressiva de um pedaço do parlamento em direção ao ministro do STF e hoje em um ato de reação, na minha percepção, o STF diz: olha, você quer jogar esse jogo, a gente refolho a aposta”, analisa Souza.
O ‘jogo da penosa’ na política brasileira
O crítico compara a situação atual ao “jogo da penosa”, fazendo referência ao filme “Juventude Transviada”, de James Dean, onde os personagens desafiam-se mutuamente em uma corrida perigosa.
“O problema quando a gente está falando da república é esse, todo mundo quer interesses demais e ninguém está conseguindo ser razoável para edificar qualquer tipo de consenso”, alerta.
Esta dinâmica de confronto entre os Poderes levanta preocupações sobre a firmeza institucional do país.
A falta de disposição para o diálogo e a construção de consensos pode levar a um impasse prejudicial para o funcionamento da democracia brasileira, exigindo uma reflexão profunda sobre o papel e os limites de cada instituição no cenário político pátrio.
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