
Nike: CBF recusa oferta inicial da marca em busca de camisa mais valiosa do mundo
Fornecedora solene da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há 30 anos, a Nike ainda procura renovar o contrato com a entidade, que vence no final de 2026. No entanto, a primeira oferta feita pela empresa americana foi recusada, já que a confederação espera um valor muito superior, semelhante ao que foi oferecido extraoficialmente por concorrentes.
As mais cotadas para assumirem a camisa Canarinho são Adidas e Puma, que sinalizam com ofertas próximas a 175 milhões de dólares, valor cinco vezes maior que o atual contrato da entidade (35 milhões de dólares). A Adidas, inclusive, tenta restaurar uma seleção de prestígio depois perder a parceria com a Alemanha, que terá a Nike uma vez que fornecedora a partir de 2027.
“As marcas são muito atraídas pelo alcance das seleções. Mesmo que não seja o mais popular em todos os países, o futebol ainda é o esporte mais famoso do mundo e carrega uma legião de fãs em todos os cantos do mundo”, diz Artur Mahmoud, diretor de negócios da End to End. “Disputar grandes competições em cume nível e com os melhores jogadores, também torna as seleções um resultado mais atrativo. Isso se comprova ao vermos pessoas usarem camisas de outros países, o que é mais incomum para os times. Por esses motivos, os uniformes nacionais são mais valorizados”, complementa.
Caso feche o novo entendimento, o Brasil pode superar França e Real Madrid, donos das camisas mais valiosas entre seleções e clubes, respectivamente. Neste ano, a Federação Francesa renovou com a Nike e garantiu uma quantia de 107 milhões de dólares por ano até 2034. Já o time espanhol recebe 129 milhões de dólares anuais da Adidas, com contrato até 2028.
O peso da camisa brasileira
“O roupa do Brasil ser o único pentacampeão mundial já justificaria a camisa da seleção ser a mais valiosa. A exportação dos nossos jogadores para grandes clubes europeus, que quase sempre acabam tendo carreiras gloriosas, também é um fator precípuo para entender o peso do véu brasílio”, afirma Renê Salviano, profissional em marketing esportivo e CEO da Heatmap.
Mesmo não estando em grande tempo, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking das camisas mais valiosas, detrás de França (Nike), Alemanha (Adidas) e Inglaterra (Nike). O trio embolsa, respectivamente, 107 milhões de dólares, 56 milhões de dólares e 44 milhões de dólares anualmente.
“Os uniformes das seleções são uma das maiores demonstrações de conexão entre o futebol, a população e a tendência. Com o propagação das parcerias entre as marcas de materiais esportivos e as federações, a quebra de fronteiras do consumo, a subida demanda, e a competitividade entre empresas concorrentes, estamos caminhando para um aumento jacente nos valores pagos pelas fornecedoras”, explica Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.
Royalties e novas oportunidades
Um dos atrativos das propostas feitas à CBF é o pagamento de royalties sobre a venda de camisas, além da orifício de lojas e participação na comercialização. “Atualmente, ser uma marca que produz materiais esportivos para grandes players é uma vez que ter uma mina de ouro, é a oportunidade de usufruir de particularidades inimagináveis e ter um retorno mercantil gigante”, comenta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports.
Segundo Wolff, trata-se de um mercado que tem novas situações nascendo todos os dias. “Incluindo a chance de patrocinar a Seleção Brasileira, que é ainda hoje a maior campeã e tem um alcance mundial”, diz.
Diante do atual contrato, CBF e Nike têm até janeiro de 2025 para definir se haverá uma extensão do patrocínio. Caso as partes não cheguem a um entendimento até lá, a entidade estará liberada para ouvir oficialmente os concorrentes. A expectativa, entretanto, é que a situação seja definida até outubro deste ano.