Economia da China cresce menos que o previsto no 2º trimestre
A China, segunda maior economia do planeta, enfrenta uma crise da dívida no setor imobiliário, assim porquê um consumo frágil, o envelhecimento da população e tensões comerciais com o Oeste
ADEK BERRY
A economia da China cresceu 4,7% em base anual no segundo trimestre de 2024, aquém das expectativas, segundo os números oficiais publicados nesta segunda-feira (15), que coincidem com uma reunião crucial dos líderes do Partido Comunista sobre o país.
A China, segunda maior economia do planeta, enfrenta uma crise da dívida no setor imobiliário, assim porquê um consumo frágil, o envelhecimento da população e tensões comerciais com o Oeste.
Os dados de incremento foram publicados pouco antes do início da terceira sessão plenária do Comitê Médio do Partido Comunista da China (PCCh), liderado pelo presidente Xi Jinping.
A reunião, que deve definir as grandes diretrizes econômicas do país para os próximos cinco anos, começou nesta segunda-feira em Pequim, a portas fechadas, e terminará na quinta-feira (18), segundo a filial estatal Xinhua.
“O PIB subiu 5,3% em uma base anual no primeiro trimestre e 4,7% no segundo trimestre”, anunciou o Escritório Pátrio de Estatísticas (ONE) em um transmitido.
O resultado ficou muito aquém do 5,1% previsto por analistas consultados pela filial Bloomberg. Também é o menor índice registrado desde o início de 2023, quando a China suspendeu as draconianas restrições contra a pandemia de covid-19, que penalizavam a atividade econômica.
“É necessário solidificar as bases de uma recuperação econômica e um incremento saudáveis”, admitiu o ONE.
As vendas no varejo, uma medida-chave do consumo, caíram a 2% em junho, em seguida 3,7% em maio, segundo o ONE. A produção industrial, por sua vez, cresceu somente 5,3% em junho, contra 5,6% no mês anterior.
– “Ajustes” –
O presidente chinês apresentou um “relatório de trabalho” no início da reunião, informou a filial Xinhua.
Também “expôs um projeto de decisão do Comitê Médio (do Partido Comunista) sobre o aprofundamento da reforma e o progresso da modernização da China”, acrescentou.
Pequim revelou poucas pistas sobre o que pode estar em cima da mesa. Xi indicou que o partido planejava reformas “importantes”.
No pretérito, esta reunião provocou grandes mudanças na política econômica.
“É uma reunião política (…) e não sobre a solução de problemas econômicos concretos”, afirmou, no entanto, o economista Larry Hu, do banco Macquarie.
Vários analistas econômicos aguardam, no entanto, medidas de base à atividade.
Sarah Tan e Harry Murphy Cruise, da Moody’s Analytics, acreditam que serão aplicados “ajuste” para desenvolver o setor de subida tecnologia e que serão anunciadas “algumas medidas de base ao setor imobiliário”.
O Quotidiano do Povo, o jornal solene do PCCh, destacou na semana passada que a reforma “não consistia em mudar de direção”.
Na terceira sessão plenária de 1978, o portanto presidente Deng Xiaoping promulgou as reformas que colocariam a China no caminho de um incremento econômico significativo, com sua preâmbulo ao mundo.
Para o conjunto do ano, o governo aspira um incremento “ao volta de 5%”, um índice invejável para muitos países, mas ainda muito distante das taxas de incremento de dois dígitos que a China registrou nas últimas décadas.
Há alguns anos, as autoridades desejam consistir o incremento na inovação, subida tecnologia e consumo interno, mais do que em grandes investimentos estatais em infraestruturas.
Porém, a incerteza econômica freia os gastos das famílias e a atividade econômica permanece afetada pelo grande endividamento no setor imobiliário.
