UE corta levemente sua projeção de inflação para este ano na Zona do Euro

Daniel MIHAILESCU

A União Europeia reduziu ligeiramente, nesta quarta-feira (15), sua previsão de inflação para a zona do euro neste ano, para 2,5%, e manteve inalterada sua previsão para a trajetória do PIB, mas alertou sobre os “elevados riscos geopolíticos” para o conjunto.

Em suas projeções econômicas de primavera, a Percentagem Europeia (braço executivo da UE) reduziu em dois décimos sua projeção anterior para a inflação, que havia apresentado em fevereiro e apontava para 2,7%.

Com relação ao PIB, ela manteve sua previsão de desenvolvimento modesto de 0,8% leste ano na zona do euro, que é formada por 20 países do conjunto que usam a moeda geral.

Para a União Europeia porquê um todo – ou seja, incluindo os países que não usam o euro porquê moeda – a Percentagem projetou um desenvolvimento de 1,0% em 2024 e de 1,6% em 2025.

A retração gradual da inflação “seria impulsionada principalmente por bens não energéticos e provisões”, disse a Percentagem Europeia em uma nota.

Os analistas da Percentagem esperam que no conjunto da UE, formada por 27 países, a inflação “siga um caminho semelhante, mas permaneça ligeiramente mais subida” do que na zona do euro.

“Nossas previsões continuam sujeitas a uma incerteza considerável e – com duas guerras não muito longe de moradia – os riscos de queda aumentaram”, disse o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni.

O glosa é uma referência à invasão russa na Ucrânia e à guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Tira de Gaza.

– Tensões geopolíticas –

Em seu transmitido, a Percentagem observou que “as tensões geopolíticas mais amplas continuam a simbolizar riscos”.

Além dos conflitos armados na Ucrânia e em Gaza, as eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos podem ter um impacto sobre o desempenho da economia europeia.

“Depois de um 2023 difícil, a atividade econômica se recuperou no primeiro trimestre deste ano. Espera-se que o impulso econômico se acelere nos próximos trimestres”, acrescentou a domínio italiana.

“Na frente doméstica, a queda da inflação pode ser mais lenta do que o esperado, possivelmente levando a (…) cortes [nas taxas de juros] até que a inflação de serviços se estabilize.”

Em relação à trajetória da inflação, Gentiloni disse que esse índice continuará a apresentar tendência de queda para atingir a meta do Banco Médio Europeu (BCE) de murado de 2% somente em 2025.

Entre as principais economias do conjunto, espera-se que a Alemanha apresente um desenvolvimento do PIB de somente 0,1% no final deste ano, com uma inflação de 2,4%. Nas previsões publicadas em fevereiro, a UE projetou que o desenvolvimento do PIB teuto neste ano seria de 0,3%.

Enquanto isso, a França deve fechar o ano manante com um desenvolvimento do PIB de 0,7% (projetado em 0,9% em fevereiro) e uma inflação de 2,5%. A Itália, por sua vez, deverá ter um desenvolvimento econômico de 0,9% leste ano e uma taxa de inflação de 1,6%.

As projeções da UE para a Espanha neste ano indicam um desenvolvimento do PIB de 2,1%, com inflação de 3,1%.

Ao mesmo tempo, a relação dívida/PIB deve permanecer em torno de 90% leste ano e até mesmo aumentar para 90,4% no próximo ano, longe dos 60% recomendados pelas regras fiscais da UE.