Segunda maior seca do Rio Acre ameaça abastecimento e travessia em Xapuri – ac24horas.com

Diante da segunda maior seca da história, o Rio Acre em Xapuri segue preocupando cada vez mais as autoridades. Depois de ter atingido, há algumas semanas, a segunda menor prestação da história, com 1,49 metros, nesta terça-feira, 30, o nível do manancial desceu a 1,34 metros, intensificando os impactos à rotina da população sítio.

Uma das principais preocupações diz reverência ao provisão de chuva na cidade. Apesar do grave nível do rio, a principal estação de tratamento de Xapuri, localizada no bairro da Bolívia, ainda está com a captação considerada normal, mas na próxima semana, segundo a direção do Serviço de Chuva e Esgoto do Acre (Saneacre), já será necessária uma novidade avaliação.

Já com relação ao igarapé Fura, afluente do Rio Acre onde está localizada a segunda estação de tratamento da cidade, que abastece muro de 40% da zona urbana, a situação é mais grave e o bombeamento de chuva já foi reduzido para somente 6 horas por dia, ou seja, já há racionamento em grande secção da cidade, com tendência de agravamento da situação.

A maior seca do Rio Acre já registrada em Xapuri ocorreu no ano de 2018, com a prestação de 1,18 metros. E esse grave nível do rio já provoca outra situação preocupante, que é a travessia de pedestres e veículos do núcleo da cidade ao bairro Sibéria, que é feita por uma jangada operada pelo Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre).

Uma vez que a embarcação transporta veículos pesados, a possibilidade de encalhar em bancos de areia aumentou significativamente, razão pela qual a direção do serviço da jangada resolveu diminuir o número de veículos maiores. Carros e caminhões, por exemplo, tiveram a quantidade diminuída de três para dois a cada travessia.

Uma vez que medida paliativa, o Deracre está planejando erigir rampas de aproximação com barro nas duas margens do rio e colocar a jangada no meio, fazendo uma espécie de ponte traste para dar mais presteza na travessia, e quando houver a premência de galgar uma embarcação menor, a jangada poderá se movimentar, subindo ou descendo o rio para dar trafegabilidade.

Embarcações que fazem o transporte de alunos também estão sendo prejudicadas, fazendo com que o número também seja reduzido em decorrência do transe de acidentes.

O Rio Xapuri, que deságua no Rio Acre, muito em frente à Praia do Zaire, também está passando pela mesma situação. Uma vez que o manancial que leva o nome da cidade não possui sistema de mensuração, não há uma vez que ter uma noção correta de uma vez que está sua profundidade. Entretanto, relatos de pescadores experientes e condutores de embarcações que transitam há anos pelo rio dão conta de que essa é uma das maiores secas já vista em décadas no manancial.

Com colaboração do repórter Joseni Oliveira, do Sistema Público de Notícia do Acre.



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