Cometa gigante fica 300 vezes mais brilhante após 4 erupções; entenda
O cometa 29P, também espargido uma vez que Schwassmann–Wachmann 1, ficou 289 vezes mais reluzente depois ter quatro erupções criovulcânicas em sua superfície em um evento recente.
As erupções expeliram uma grande quantidade de detritos que garantiram a essa rocha cósmica um cintilação temporário que refletiu a luz mais intensamente que o núcleo dela. O corpo sideral possui aproximadamente 60 km de diâmetro.
Em uma publicação solene da British Astronomical Association (BAA), foi relatado que esta é a primeira grande erupção em dois anos, desde novembro de 2022, quando uma explosão gerou um milhão de toneladas de detritos.
Nas 48 horas seguintes, a primeira explosão foi seguida por outras três erupções.
“Parece que tivemos quatro explosões fortes em menos de 48 horas, totalizando um totalidade de 289 núcleos equivalentes, ou seja, a ejeção de material refletindo 289 vezes a luz refletida exclusivamente pelo núcleo”, é descrito na nota.
Cometa 29P: quase 300 vezes mais reluzente
Schwassmann-Wachmann 1 é um cometa centauro, pois ele passa todo o seu período de existência dentro do Sistema Solar interno — uma vez que o mito do centauro, que vivia recluso em seu labirinto.
Exclusivamente murado de 500 outros cometas pertencem a essa mesma categoria.
Revelado em 1927 pelos astrônomos alemães Arnold Schwassmann e Arno Arthur Wachmann, o cometa 29P atingiu o periélio, ponto de sua trajectória mais próximo do Sol, em meados de 2019.
Outra particularidade interessante do cometa 29P é que ele faz secção do grupo de cometas criovulcânicos. Assim, seu núcleo é constituído por gelo, poeira e gás, e as erupções ocorrem quando a rocha cósmica absorve a radiação emitida pelo Sol.
Dessa forma, o núcleo superaquece e se expande até liberar as erupções, fazendo o cometa parecer muito mais reluzente do que realmente é.
Isso acontece porque as explosões tornam o cometa mais reflexivo, fazendo-o refletir mais a luz do Sol.
Segundo o BAA, esse evento é semelhante a outra erupção múltipla que aconteceu durante pouco mais de dois dias, entre 25 e 27 de setembro de 2021. Na ocasião, a intensidade da luz foi de aproximadamente 406 vezes maior do que o normal.
A trajectória do objeto é quase rodear devido à seriedade de Júpiter e Saturno, completando uma volta ao volta do Sol a cada 15 anos, aproximadamente.
Por razão dessas características, as erupções do 29P deveriam ser mais regulares, mas os cientistas afirmam que elas não são e que alguma reação ainda desconhecida pode estar causando essa aleatoriedade.
Atualmente, a ciência acredita que os cometas centauros foram ejetados do Cinturão de Kuiper, uma região do Sistema Solar localizada entre 30 e 50 unidades astronômicas (UA) do Sol, além da trajectória de Netuno.
O que é o Sol da meia-noite? Antártida só verá a noite de novo em 2025