Brasil será menos impactado por políticas do Trump, diz Campos Neto

O presidente do Banco Meão, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 14, que a economia brasileira deve ser menos afetada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos do que outros países emergentes. De saída do incumbência nas próximas semanas, o superintendente da mando monetária destacou que, embora um dólar mais potente impacte os mercados emergentes, o Brasil está relativamente distante das questões que afetam diretamente países uma vez que China e México, principalmente no contexto das políticas comerciais e imigratórias.

“Eu fiz o alerta no Banco Meão de que não achava que todos os países iam reagir da mesma forma. Você tem a questão da China, do México, por culpa do Nafta, mas o Brasil está muito distante disso”, afirmou Campos Neto.

“Simples, se você tem um dólar potente, isso afeta todos os mercados emergentes, mas minha visão é de que o Brasil será menos afetado.” Campos Neto participou no início da tarde, por videoconferência, do tela The Future of Brazil (O Horizonte do Brasil) durante o 12º Annual Summit do Valor Capital Group.

Perspectivas de impacto no Brasil

O presidente do BC ressaltou que as principais políticas prometidas por Trump para imigração, fiscal e transacção exterior trazem uma perspectiva inflacionária para os Estados Unidos, o que foi amplamente discutido às vésperas da eleição americana.

Campos Neto alertou sobre a política fiscal brasileira, destacando que o aumento de gastos sociais eleva o prêmio de risco — o retorno que investidores exigem para investir em ativos mais arriscados —, o que, por sua vez, leva a uma política fiscal mais contracionista e a menos propagação.

“Eventualmente, você atinge um ponto em que temos um prêmio de risco tão cumeeira que, ao diminuí-lo, temos uma chance mais subida de expansão das condições financeiras”, destacou.

Legado e desafios futuros

Campos Neto ressaltou que, posteriormente a crise da Covid-19, o Brasil saiu com uma dívida e taxa de juros mais altas, o que aumentou o dispêndio de rolagem da dívida e gerou efeitos cumulativos no mercado.

Ao refletir sobre os seis anos avante do Banco Meão, Campos Neto destacou a autonomia da instituição e o progresso na agenda do dedo uma vez que marcos importantes de sua gestão.

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