Príncipe Harry faz 40 anos longe da família real, em guerra contra tabloides e com fortuna 'do caos'

O príncipe Harry completa neste domingo, 15, seus 40 anos, com residência fixada nos Estados Unidos, longe da família real britânica e sem sinais de uma reconciliação rápida.

Há quatro anos ele cortou relações com a reino britânica, confrontou o irmão William, herdeiro da Grinalda, e fixou residência perto de Los Angeles, com a mulher americana, Meghan Markle, e os dois filhos.

Nos últimos anos, Harry teve de encarar rumores de separação de Meghan, com quem é casada desde 2018. Do ‘sim’ para cá, o par se envolveu em polêmicas com a família real — de relatos de racismo cometido contra os filhos do par, à manipulação e mentiras dentro do palácio, porquê revelado em entrevista dada pelo par à Oprah Winfrey em 2021.

Em 2020, o par real deixou oficialmente as obrigações com a reino, declarou publicamente que deixaria de receber recursos públicos e que todo o valor usado na reforma da residência em Windsor que abrigava a família seria devolvido. Entretanto, posteriormente a publicação do livro de Harry, “O que sobra” neste ano, a família, que já conta com os filhos Archie, de 5 anos, e Lilibet, de 3, foi convidada a se retirar da mansão em Windsor.

Depois de dar esse passo, o duque de Sussex “lucrou com o caos’: conseguiu obter a independência financeira e manter a sua família longe da pressão mediática que sofria desde o seu promanação, em 15 de setembro de 1984.

Príncipe faturou com autobiografia

Com a sua autobiografia, publicada em janeiro de 2023, a prelo britânica afirma que ele obteve uma renda de 22 milhões de libras (R$ 162 milhões, na cotação atual). O par ainda teria ganhado, por volta de 2022, US$ 100 milhões (mais de R$ 560 milhões) da Netflix para um documentário sobre as próprias vidas.

“A vida está mais difícil do que nunca para os jovens membros da família real britânica. Eles têm de se desenvolver porquê pessoas e produzir um papel que valha a pena para si próprios, enquanto estão incessantemente sob os holofotes da mídia”, afirma à AFP Mark Garnett, professor de ciência política na Universidade de Lancaster.

Fuga da pressão da mídia

Um dos motivos desta “fuga” para os Estados Unidos foi “libertar” os seus dois filhos, Archie e Lilibet, daquela pressão mediática, porquê confessou Meghan Markle numa entrevista televisiva, em 2021, à apresentadora Oprah Winfrey.

“A pressão da mídia foi particularmente difícil para o príncipe Harry, que provavelmente nunca se tornaria rei e perdeu a mãe quando era gaiato, em circunstâncias trágicas. O público britânico demonstrou simpatia por ele, mas a opinião está dividida agora que o compromisso dele com o país está praticamente completado”, diz Garnett.

O duque e a duquesa de Sussex moram em Montecito, Califórnia, em um bairro que tem entre seus vizinhos a atriz Gwyneth Paltrow e a cantora Katy Perry. Sua vivenda de nove cômodos está avaliada em murado de US$ 14 milhões (R$ 78 milhões) e tem vista para o Pacífico, liceu, cinema e piscina.

Apesar de tudo, continuam a ser objectivo de holofotes, porquê quando visitaram a Colômbia em agosto, a invitação da vice-presidente Francia Márquez, no contexto de uma campanha contra a discriminação e o cyberbullying. Ao mesmo tempo, o príncipe mantém uma luta judicial com diversos meios de informação britânicos, acusando-os de obter informações ilegalmente.

Viagens a Londres

O duque de Sussex também acusa os jornais de maltratarem a sua mulher, o que contribuiu para a sua partida para os Estados Unidos. Ele também os considera culpados pela morte de sua mãe, a princesa Diana, num acidente de sege em 1997, em Paris, quando ela era perseguida por “paparazzi”.

As suas viagens esporádicas ao Reino Uno para estes assuntos judiciais evidenciam o seu encolhimento da família, já que não mantém contato com eles.

“Está completamente solitário. Qualquer sugestão de retorno, mesmo com um papel menor dentro da reino, parece completamente irrealista”, disse Pauline MacLaran, professora da Royal Holloway University, à AFP.

Ele só quebrou esse isolamento no dia 6 de fevereiro, em uma viagem relâmpago a Londres para visitar o pai posteriormente o pregão do cancro de Charles III. Mas evita o irmão mais velho, o herdeiro do trono William. As acusações de Harry em sua autobiografia, na qual o descreveu porquê irascível e violento, distanciaram os irmãos permanentemente. O cancro da mulher de William, Kate Middleton, anunciado quase ao mesmo tempo que o de Carlos III, não os aproximou.

“A teoria de uma família real dividida só aumenta a atenção indesejada da mídia”, diz Mark Garnett.

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