Pacheco diz que Congresso, Judiciário e Executivo precisam chegar a consenso sobre emendas pix

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira, 13, que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário vão tentar chegar a um consenso sobre um novo protótipo de emprego das chamadas emendas pix, modalidade na qual recursos indicados por parlamentares são transferidos diretamente a prefeituras sem definição de uma vez que o numerário será usado.

Na última semana, o Senado e a Câmara acionaram o Supremo Tribunal Federalista (STF) contra as decisões do ministro da Golpe Flávio Dino que determinaram transparência à modalidade.

“Nós estamos estudando a apresentação de qualquer protótipo que possa prometer a participação parlamentar juntamente com o Executivo na realização orçamentária do Brasil, mas sempre primando pela qualidade do gasto público e primando pela transparência. Onde houver qualquer tipo de incerteza sobre a transparência, precisa ser revisto”, disse o presidente do Senado.

“Haverá toda iniciativa e boa vontade da minha secção uma vez que presidente do Congresso Pátrio de apresentar um protótipo que todos fiquem satisfeitos, Executivo, que executa, o Legislativo, que vota a lei orçamentária e participa através das emendas parlamentares, e conforto também para as instâncias do Judiciário, que também não podem ter incerteza em relação a lisura de todo esse processo e a transparência na destinação de recursos”, completou.

O senador afirmou ainda que outros tipos de emenda podem ser reforçados no lugar das emendas pix.

“Tenho muita crédito que podemos chegar em um bom caminho, eventualmente até prestigiando as emendas individuais, as emendas de bancada, que têm um caráter estruturante regional também muito importante, e a própria RP2 do Executivo, que é quem executa, que tem essa discricionariedade na lei orçamentária. Acredito que esses institutos possam, a disposição do Parlamento e das instituições, vão ser a solução para definir muito essa questão das emendas”, declarou Pacheco.

As emendas Pix foram criadas em 2019, por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Pelo protótipo, cada parlamentar pode indicar valores diretamente para as contas de prefeituras e estados, sem depender do aval do governo.

Essa quantia pode ser usada uma vez que o prefeito muito entender. Porquê o numerário não passa pelos ministérios, não cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalização, mas a órgãos de controle locais. No dia 1º, Dino deu ao Executivo e ao Legislativo prazo de 30 dias para dar totalidade transparência às emendas pagas desde 2020, incluindo as de percentagem, e exigiu critérios mais rígidos para a liberação das emendas Pix.

Dino reiterou as exigências na semana passada, mas Câmara e Senado recorreram da decisão.

O presidente do Senado disse que o instrumento legítimo, mas também afirmou é preciso prometer a transparência.

“Deve sempre partir do Congresso Pátrio uma vez que um todo a compreensão de que emendas parlamentares são institutos legítimos de participação no orçamento por aqueles que são representantes votados pelo povo brasílico, que têm compreensão das necessidades dos municípios, dos estados, mas ao mesmo tempo sempre se exigindo transparência, regularidade, previsibilidade, isonomia, que é um tanto que essa discussão toda no Supremo Tribunal Federalista tem se ventilado muito”.

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