Com funcionários em greve, New York Times recebe oferta para usar IA e substituir mão de obra

O CEO da startup de procura por IA Perplexity, Aravind Srinivas, ofereceu assistência ao New York Times (NYT) em meio a uma greve de trabalhadores de tecnologia que começou nesta semana. O movimento, anunciado pelo Tech Guild do NYT, reúne funcionários responsáveis pelo suporte de software e estudo de dados na operação de negócios do jornal, que pedem um aumento salarial anual de 2,5% e a manutenção de dois dias de trabalho presencial por semana.

Em enunciação postada na rede X (ex-Twitter), o grupo de trabalhadores informou que a empresa não se dispôs a negociar um contrato justo ou a evitar práticas trabalhistas consideradas abusivas.

“Eles não nos deixaram escolha a não ser provar o poder do nosso trabalho na risco de piquete,” afirmou Kathy Zhang, presidente do sindicato.

A greve, que ocorre poucos dias antes das eleições presidenciais dos EUA, gerou reações de executivos do NYT. O editor do jornal, AG Sulzberger, criticou o movimento às vésperas da eleição, afirmando que a cobertura do Times é principal para milhões de pessoas nesse período.

No mesmo contexto, Srinivas, CEO da Perplexity, ofereceu ajuda técnica ao jornal através da rede X. Em resposta a um tuíte que citava Sulzberger, ele escreveu: “Estamos à disposição para prometer que sua cobertura esteja disponível para todos durante a eleição.”

No entanto, a oferta de Srinivas foi recebida de forma negativa, com diversos usuários o acusando de agir porquê “pelego” – termo pejorativo para quem tenta enfraquecer  greves trabalhistas em obséquio das empresas.

A atitude do CEO ocorre em um momento de tensão entre Perplexity e o NYT, que recentemente enviou uma notificação formal exigindo que a startup cessasse o uso não autorizado de teor do Times em seu sistema de IA.

Em resposta às críticas, Srinivas explicou que a intenção não era substituir jornalistas ou engenheiros do Times, mas oferecer suporte técnico em um dia de cumeeira tráfico. Ainda assim, a proposta foi considerada problemática, pois os funcionários em greve são justamente aqueles que fornecem o suporte técnico necessário ao NYT.

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