
Líder do PSD desiste de candidatura à sucessão de Lira na Câmara e vai apoiar Hugo Motta
O líder do PSD, Antonio Brito, desistiu da candidatura à presidência da Câmara e vai concordar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB).
O pregão ocorreu em seguida uma reunião da bancada do partido na Morada, com a participação do presidente do PSD, Gilberto Kassab. “Depois conversas com o candidato Hugo Motta e o debate que nós trouxemos sobre a proporcionalidade e do cumprimento do tamanho do partido na Morada, a bancada decidiu pela minha proposta de retirar a candidatura a presidente da Câmara”, disse Brito.
Motta já reuniu base de um largo leque de partidos, incluindo PL, PT, PP e MDB, o que pressionou os adversários a desistirem.
Acordos em curso
Motta terá que mediar conflitos internos em seguida arrebanhar, em somente dois dias, o base das principais forças da Morada. Ao reunir as principais bancadas e esvaziar os adversários, ele terá que finalizar acordos e acomodar interesses. O PT , por exemplo, já tem apalavrado com Arthur Lira (PP-AL) e o próprio Motta uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), embora essa sinalização tenha irritado segmento da oposição.
Líder do União Brasil, Elmar Promanação (BA), mesmo sem desistir oficialmente de sua candidatura, também quer prometer um lugar primeiro da Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Morada, ou fechar um entendimento para assumir um ministério no governo. Já a relatoria do Orçamento, em tese reservada ao MDB, também está sendo cobiçada pelo União Brasil.
Com pavor de perder relevância na Câmara, o União, partido de Elmar, decidiu que não vai disputar a cadeira de Lira contra o líder do Republicanos. Embora tenha insistido em confrontá-lo, o parlamentar entrou em sintonia com seu partido e aceitou dialogar com o predilecto.
O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), afirma que é importante que a bancada do partido, a segunda maior da Morada, seja respeitada com base no seu tamanho pela novidade presidência e admite o consonância para que um petista seja indicado para uma vaga no TCU.
“O TCU foi disposto no bojo desse conjunto de preocupações, intenções, que a bancada sente-se no recta de reivindicar. O TCU não foi um elemento meão da decisão. A governabilidade e a segurança institucional com uma disputa menos acirrada na Morada foram fundamentais”.