Enquanto Defesa entra no debate, ministérios do agro devem escapar de corte de gastos

O Ministério da Lavoura e Pecuária (Planta) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) devem permanecer de fora do namoro de gastos promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quarta-feira, 13, o ministro do MDA, Paulo Teixeira, disse à EXAME que a pasta está fora dos planos de namoro do governo. “Não fui enviado sobre cortes no orçamento do MDA. Os cortes não afetarão o ministério”, afirmou Teixeira.

Na terça-feira, 12, o ministro do Planta, Carlos Fávaro, já havia anunciado que não haveria cortes em sua pasta e informou a geração de duas novas secretarias. “O ministério não está no foco dos cortes, mas entendemos a premência da responsabilidade fiscal”, disse Fávaro.

Segundo o ministro, não haverá “inchamento” da máquina pública, nem aumento de custos, somente um remanejamento de cargos.

Lula conversa com Resguardo

A definição sobre a inclusão do Ministério da Resguardo no pacote de cortes está sendo discutida nesta quarta-feira em reunião entre o ministro José Múcio, oficiais e técnicos da equipe econômica, segundo o Ministério da Rancho.

O ministro da Rancho, Fernando Haddad, não deve comparecer à reunião, sendo representado pelo secretário-executivo da pasta, Dario Durigan. De conformidade com a Rancho, o objetivo da reunião é técnico, buscando alinhar o estampa das medidas entre as duas pastas antes de enviar o texto ao Palácio do Planalto.

A inclusão do Ministério da Resguardo nas revisões de gastos obrigatórios foi solicitada pelo presidente Lula para conceber o pacote de ajustes, conforme informou Haddad na noite de segunda-feira, 11. Inicialmente, o ministro não especificou a pasta, mas a Rancho confirmou nesta terça-feira que a Resguardo será incluída nas novas medidas de contenção.

As discussões sobre o pacote de cortes, que visa fortalecer o busto fiscal e controlar a dívida pública, se intensificaram depois o segundo vez das eleições municipais. No entanto, o presidente Lula ainda não tomou a decisão final.

Entre as alterações em avaliação pelo governo estão o seguro-desemprego e o abono salarial, que, depois da Previdência Social e do Favor de Prestação Continuada (BPC), representam os gastos de maior desenvolvimento.

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