
51% dos brasileiros acreditam que a crise climática mudará estilo de vida e horários, diz pesquisa
Passamos de uma era de aquecimento global para uma “ebulição global“, com os termômetros batendo recordes e os eventos climáticos extremos gerando novas formas de viver e morar. Mas, enfim, uma vez que os brasileiros enxergam as mudanças e adaptações em suas casas? Um estudo encomendado pela Dexco, denominado “Arquitetura da Experiência” e realizado pela consultoria Sparkoff, apontou que a maioria das pessoas entende que a crise climática será o principal fator de impacto em seus lares. Dentre os mais de milénio entrevistados, 65% acreditam que serão criadas novas soluções de controle de temperatura dos ambientes, e 51% acreditam que irão mudar, inclusive, o estilo de vida, horários de atividades e escolhas pessoais.
Nesta edição, os insights de consumo e tendências foram construídos junto a 12 profissionais de diferentes áreas e compartilhados com o mercado, visando transformar aspirações em ações efetivas. Pela segunda vez consecutiva, a sustentabilidade apareceu em subida em 2024, reforçando a preço de trazer materiais e soluções de vida mais sustentáveis para o nosso dia a dia.
Fernanda Moceri, gerente de Design Estratégico da Dexco, destacou à EXAME que atualmente 80% de todas as moradias já estão construídas, e, muitas vezes, é o caso de exclusivamente apropriar, fazer pequenas reformas e melhorias no envolvente. “Precisamos de produtos que tenham a originalidade do design, sejam esteticamente bonitos e se posicionem uma vez que ecológicos. Porquê marca, procuramos fazer essa junção do conhecimento das pesquisas de tendências com soluções que já existem e se encaixam no nosso processo produtivo”, disse.
Pensando nisso, a gigante dos materiais de construção apresenta quatro macrotendências que se interligam de uma forma ou outra: “Fluid Lives” (vidas fluidas), “Life Centric” (centrado na vida), a revolução da comunidade e “Beyond Human” (além do humano).
O estudo traz uma vez que temática principal uma visão metamoderna, com o ilustração de um pêndulo sobre uma vez que estamos enquanto sociedade e comportamento. “A teoria é que oscilamos emocionalmente, com pretensões e necessidades que não condizem com as nossas realidades. Pensando em sustentabilidade, muitas vezes não conseguimos fazer compras conscientes, pois elas são muito caras. Logo, ao mesmo tempo que queremos ser mais sustentáveis e entendemos a preço, não temos capital para investir. É sobre essa oscilação”, explicou Moceri.
A estudo considera que, até 2050, 5 bilhões de pessoas irão viver sob calor extremo, e dados do State of Climate Action de 2023 mostram que os progressos alcançados no combate à emergência climática continuam insuficientes. Ao mesmo tempo, a proporção de europeus e norte-americanos que consideram a sustentabilidade importante caiu 10 pontos percentuais, e 96% da Geração Z e dos Millennials do Reino Uno entendem o dispêndio uma vez que uma barreira para fazer compras mais ecológicas.
Segundo Moceri, o pilar “Life Centric” é o que mais se conecta com a agenda ESG, visto que o noção procura mudar o foco do ser humano no meio das discussões e incluir todas as formas de vida e ecossistemas — uma visão holística e de convívio harmônica com a natureza.
Neste pilar, o ano é marcado pelo “boom na bioeconomia”, com foco na biomimética, trazendo a “bioconstrução” uma vez que uma tendência que une a precisão da ciência com a originalidade de designs inspirados na natureza nos próximos anos. O noção se inspira em fenômenos naturais e na biodiversidade para a geração e desenvolvimento de novos produtos.
A exemplo, estão materiais biodegradáveis da marca Chloe Mountain, que misturam sobras de cerâmica com dejetos da produção de açúcar, e o uso de texturas orgânicas pela Smile Plastics na geração de sua risca de revestimento com plásticos recicláveis.
Outro destaque é a arquitetura pós-carbono, um movimento de redução drástica das emissões relacionadas aos processos de construção, seja pelo uso de materiais com uma pegada de carbono mais baixa, pela economia circundar e reciclagem, ou pela eficiência energética. Na pesquisa, 42% dos brasileiros acreditam que a principal mudança nessa superfície será nos equipamentos dentro de mansão, seguidos pelos materiais utilizados (30%) e na própria forma de edificar (21%).
Entre as iniciativas atuantes nesse sentido está o movimento “Don’t Move”, com foco em reformas e retrofit, reimaginando espaços e reforçando a teoria de que devemos mudar para restaurar, manter e evoluir o que temos — ao invés de construirmos alguma coisa do zero.
Porquê setentrião, a Dexco também ressalta a urgência de “adentrar na fluidez”, com um olhar mais melindroso uma vez que sociedade e planeta. “Nossa política ESG tem sido trabalhada com muita atenção, buscando materiais recicláveis e propondo, sempre que provável, a reutilização. Agimos pelo descarte consciente para não termos problemas ambientais e pelo uso responsável de recursos naturais. Também trazemos marcas que estão propondo soluções positivas para perto”, destacou Moceri. Recentemente, empresa lançou um revestimento feito com resíduos da produção de louças sanitárias, uma risca da marca Castelatto que contribui para a economia circundar.
Risco de revestimentos utiliza em sua produção materiais provenientes do reaproveitamento de resíduos, entre eles descartes de louças (Dexco/Divulgação)
A teoria é usar os resultados da pesquisa para inspirar o desenvolvimento e a estratégia de novos produtos internamente e também nas suas investidas — uma vez que a Noa, Urbem e Cubo Itaú — e, no final das contas, promover de indumentária uma mudança de paradigma na construção social.