FMI aprova desembolso de US$ 800 milhões para Argentina

Oscar Rivera

O presidente da Argentina, Javier Milei, tem colecionado uma série de boas notícias nas últimas horas

Oscar Rivera

O recomendação executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) deu alegria ao presidente da Argentina, Javier Milei, ao legalizar, nesta quinta-feira (13), a disponibilização imediata de aproximadamente 800 milhões de dólares (R$ 4,3 bilhões), mas alertou que o país deve “melhorar a qualidade do ajuste fiscal”.

Um mês foi o tempo que o Fundo levou para legalizar a oitava revisão do convénio de crédito, que obteve sinal virente do pessoal técnico em meados de maio.

O novo desembolso apoia “os esforços das autoridades para sustentar o processo de desinflação, reconstruir as reservas fiscais e externas e substanciar a recuperação”, assinalou a organização financeira em transmitido.

Em 2022, o FMI e o governo prateado acordaram um programa de crédito de 44 bilhões de dólares (R$ 237,5 bilhões, na cotação atual) ao país sul-americano em 30 meses em troca de um aumento de suas reservas internacionais e da redução do déficit fiscal, de 3% do Resultado Interno Bruto em 2021 para 2,5% em 2022, 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024.

Com a aprovação da oitava revisão, a Argentina já recebeu 41,4 bilhões de dólares (R$ 223 bilhões, na cotação atual) no totalidade.

O programa de crédito “está firmemente guiado, todos os critérios de desempenho quantitativos foram cumpridos com margem até o final de março de 2024”, acrescentou a instituição financeira na nota.

Mas, “para manter os sólidos avanços, é necessário melhorar a qualidade do ajuste fiscal, iniciar passos para um marco melhorado de política monetária e cambial e implementar a agenda estrutural”, advertiu.

O Fundo insistiu em que o governo do presidente ultraliberal Javier Milei deve se esforçar para “estribar os mais vulneráveis, ampliar o escora político e prometer a prontidão na formulação das políticas”.

Outrossim, o recomendação aprovou “isenções de não cumprimento para uma novidade restrição cambial e múltiplas práticas cambiais no contexto de notório relaxamento das restrições ao pagamento de dividendos”.

– ‘Boas notícias’ –

Milei quer rematar o mais rápido verosímil com o chamado “toro” cambial, ou seja, um controle de câmbio vigente desde 2019 que limita o chegada a dólares em um país com inflação historicamente subida e no qual a mote americana funciona uma vez que porto seguro.

Mas, para isso, calcula que são necessários 15 bilhões de dólares (R$ 81 bilhões) além do montante acordado no programa de crédito do FMI.

Conseguir esse numerário se tornou a meta da equipe do ministro da Economia prateado, Luis Caputo. Mas o FMI, por ora, considera isso precipitado e parece reticente a que o país se endivide ainda mais.

Esse objetivo também se complica com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o principal acionista da organização financeira.

Deixando de lado o “toro” cambial, Milei tem colecionado uma série de boas notícias nas últimas horas.

“As boas notícias continuam”, escreveu o presidente prateado em seu perfil na rede X ao compartilhar o transmitido do FMI.

Nesta quinta, o Instituto Vernáculo de Estatística divulgou a inflação de maio, que se moderou até permanecer em 4,2%, embora continue sendo uma das mais altas do mundo em 12 meses, chegando perto de 280%.

Outrossim, o Senado prateado aprovou na madrugada desta quinta-feira seu pacote de reformas do Estado em uma longa sessão marcada por distúrbios na frente do Congresso, que deixaram murado de 20 feridos e detidos.

Mas a chamada “lei Bases” de desregulação da economia deve voltar à Câmara dos Deputados para uma aprovação definitiva.

Nesta quinta, o Senado também deu sinal virente a um pacote fiscal que introduz um regime de regularização de ativos e um polêmico incentivo aos grandes investidores que oferece vantagens fiscais, aduaneiras e cambiais por 30 anos aos investimentos estrangeiros superiores a 200 milhões de dólares (pouco mais de R$ 1 bilhão).

Tudo isso somado à renovação do swap com a China confirmado ontem.

Desde que Milei assumiu o missão em dezembro com seu projecto “motosserra” para trinchar drasticamente os gastos, o FMI tem elogiado o progresso apanhado pelo governo prateado.

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