FMI abre caminho para desembolsar quase US$ 800 milhões para Argentina

Foto divulgada pela Presidência argentina mostra o presidente prateado, Javier Milei (à direita), e a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, no Palácio Presidencial Mansão Rosada, em Buenos Aires, em 22 de fevereiro de 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira (13) que chegou a um entendimento com a Argentina sobre a oitava revisão do pacote de ajuda que abre caminho para o desembolso de quase US$ 800 milhões (R$ 4,2 bilhões), dias posteriormente a segunda greve universal no país.

Em 2022, o FMI e o governo prateado acertaram um programa de crédito no qual Buenos Aires receberá 44 bilhões de dólares (R$ 231,5 bilhões na cotação atual) ao longo de 30 meses em troca de aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal, de 3% do PIB em 2021, 2,5% em 2022, 1,9% no ano seguinte e 0,9% em 2024.

A organização financeira está satisfeita com o projecto do presidente ultraliberal Javier Milei uma vez que permitiu “continuar mais rápido do que o previsto no restabelecimento da segurança macroeconômica e redirecionar firmemente o programa”, afirmou em enviado.

Destaca, sobretudo, “o primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos, a rápida queda da inflação, a mudança de tendência das reservas internacionais e uma possante redução do risco soberano”.

Nascente resultado foi verosímil através das milhares de demissões e a deterioração dos salários e aposentadorias em um país que atravessa uma possante recessão econômica, com a inflação se aproximando dos 290% em relação ao ano anterior.

O FMI considera que as autoridades argentinas “realizaram esforços significativos para ampliar a assistência social às mães e crianças vulneráveis, muito porquê proteger o poder aquisitivo das aposentadorias”.

Chegou-se a “um entendimento sobre as políticas para continuar fortalecendo o processo de desinflação, reconstituir as reservas internacionais, estribar a recuperação e manter o programa firmemente guiado”, afirmou a organização em enviado.

O entendimento está agora sujeito à aprovação do juízo de governo do FMI, que se reunirá nas próximas semanas. Entretanto, não especifica a quantia desembolsada, mas segundo um porta-voz do FMI, corresponde ao valor previsto pelo programa, ou seja, quase US$ 800 milhões.

Os protestos acontecem nas ruas argentinas desde que Milei assumiu o função em dezembro com um projecto da “motosserra” para trinchar gastos.

– “Melhores do que o esperado” –

A organização financeira estima que os resultados são “melhores do que o esperado”, mas será “necessário que continuem realizando esforços para melhorar a qualidade e a isenção da consolidação fiscal, aperfeiçoando os marcos da política monetária e cambial, muito porquê resolvendo o estrangulamento para o desenvolvimento”.

Especialistas do FMI e a equipe do ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, concordaram sobre metas para continuar nas reformas.

Mantém-se o objetivo de compreender o estabilidade sem financiamento líquido do banco médio, reduzindo os subsídios e reforçando o controle de gastos.

É estimado que as reformas atuais “cuidadosamente sequenciadas servirão para estribar a recuperação econômica” e expulsar os obstáculos à produtividade, ao investimento privado e ao ofício formal.

Elas também garantem que a política monetária “evoluirá” para reduzir a inflação e a taxa cambial “se tornará mais maleável”.

Milei quer suspender o quanto puder a chamada insídia fiscal, um controle das taxas de câmbio desde 2019, que limita o chegada aos dólares em um país com uma inflação historicamente subida na qual a moeda americana funciona porquê porto seguro para poupança.

Mas para isso, estima precisar de tapume de 15 bilhões de dólares — quase R$ 79 bilhões — (fora os acordados no programa de crédito).

O FMI não menciona que lhe emprestará mais numerário.

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