'Não paga nem o ônibus': Verón ironiza premiação de campeonato argentino em comparação com Brasil

Considerado um dos grandes craques do futebol prateado, Juan Sebastián Verón, atualmente presidente do Estudiantes-ARG, com passagens em clubes europeus uma vez que Sampdoria, Parma, Lazio, Manchester United, Chelsea e Internazionale, criticou as premiações no futebol da Argentina em verificação com o Brasil. Para ele, os prêmios “não pagam nem o ônibus dos torcedores”.

“E cá entre o Torneio dos Campeões do Mundo e a Despensa Argentina, nem cobre os custos de ônibus para os torcedores… Mas o clube pertence aos sócios”, disse o dirigente nas redes sociais. Verón fez menção ao valor recebido pelo Flamengo pela conquista da Despensa do Brasil, que chegou a R$ 93,1 milhões, sendo R$ 73,5 milhões somente pela final.

Na Argentina, os valores das premiações estão muito distantes dos do Brasil. O vencedor da Despensa Argentina, por exemplo, recebe exclusivamente US$ 170 milénio (muro de R$ 985 milénio), valor muito subalterno ao de um clube que chega à terceira período da Despensa do Brasil, que ganha em torno de R$ 2,2 milhões. Já a Despensa da Liga Argentina, conquistada pelo Estudiantes de Verón, oferece ao vencedor um prêmio de US$ 500 milénio, aproximadamente R$ 2,9 milhões.

Para Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa liderada pelo cantor Jay-Z, fatores uma vez que a economia argentina, marcada por “irresponsabilidade, paternalismo e demagogia”, influenciam diretamente na indústria do futebol. “Recebem muito menos moeda porque geram muito menos moeda. Se viabilizar a constituição de SAFs, talvez consigam lastrar forças com brasileiros em uma dez. Sem elas, talvez consigam em duas ou três décadas, e se formarem uma liga antes de nós”, aponta Freitas.

Evolução do mercado brasílico com SAFs e profissionalização

“Hoje existe uma disparidade econômica do futebol brasílico em relação ao prateado,” comenta Sara Carsalade, co-founder e responsável pela vertical de esportes da Somos Young. Segundo ela, o mercado brasílico está em evolução, com iniciativas uma vez que as SAFs, a profissionalização da gestão, e o uso de tecnologia e dados para melhorar processos. “Essas medidas extracampo influenciam no resultado de campo e isso fica nítido quando você observa que, em 2024, o Brasil chegará a seis títulos consecutivos da Despensa Libertadores,” acrescenta Carsalade.

Nos últimos anos, o distanciamento técnico e econômico entre clubes brasileiros e sul-americanos tem se intensificado. Isso é visível no sucesso de equipes uma vez que Palmeiras e Flamengo, que alternaram as vitórias na Despensa Libertadores entre 2019 e 2022. O surgimento de agremiações que se tornaram SAFs também contribuiu para esse propagação.

Autonomia e impacto das SAFs no horizonte do futebol prateado

Para José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados e coautor do projeto de lei que criou a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), qualquer impedimento à escolha da forma de organização de um clube prejudica o desenvolvimento. “Proibir um clube de se organizar uma vez que empresa é tão grave quanto obrigar todos os clubes a se transformarem em empresa, sob o ponto de vista da violação à autonomia. E realmente é um tardada na adoção do noção que se faz no mundo inteiro, que só tem aumentado a intervalo financeira entre os clubes da Argentina e os brasileiros,” analisa Manssur, reforçando o impacto das SAFs na melhoria das receitas e competitividade no Brasil.