Fim da escala 6×1: quais trabalhadores seriam mais beneficiados pela proposta? Confira

A possibilidade de termo da graduação de trabalho 6×1 deve atingir de maneira mais direta algumas categorias específicas da economia, que somam dezenas de milhões de trabalhadores.

A mudança na jornada de trabalho semanal é prevista numa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de iniciativa da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que vem mobilizando as redes sociais nos últimos dias.

‘Minha missão é rematar com a graduação 6×1’, diz pai do Movimento VAT

Ao propor a mudança, a parlamentar encabeçou a bandeira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes no ano pretérito. Seu fundador, Rick Azevedo foi eleito o vereador mais votado do PSOL na cidade do Rio.

Na teorema protocolada no Congresso em 1º de maio, Dia do Trabalhador, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas.

Hoje, a trouxa horária, estabelecida pelo item 7º da Constituição Federalista, assegura ao trabalhador um expediente não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. O texto inicial da PEC sugere que o limite caia para 36 horas semanais, sem diferença na trouxa máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Isso permitiria que o país adotasse o protótipo de quatro dias de trabalho.

Que categorias seriam mais afetadas?

Advogada trabalhista e perito em Recta Sindical, Maria Lucia Benhame explica que a graduação 6×1 atinge principalmente trabalhadores do negócio e de alguns setores de serviços, porquê de hotéis, bares e restaurantes, com jornada de 7h20 de trabalho em seis dias e um dia de folga.

Segundo dados do Cadastro Universal de Empregados e Desempregados (Caged), só no negócio são 10,5 milhões de trabalhadores, o segundo setor que mais emprega no país. Em outros setores, porquê a indústria e áreas porquê saúde, telemarketing, logística e segurança patrimonial, a jornada é por graduação específica, que varia caso a caso.

“Nos escritórios, o mais corriqueiro é trabalhar só de segunda a sexta-feira. Algumas empresas baixaram voluntariamente a graduação para 8 horas diárias, 40 horas por semana, e outras funcionam com 44 horas semanais, mas com uma indemnização semanal, seja de 48 horas a mais por dia ou uma hora a mais de segunda a quinta-feira”, explica.

Para ser discutido na Câmara e no Senado, a proposta precisa do escora de ao menos 171 assinaturas de parlamentares, já que se trata de uma mudança na Constituição. Até domingo, de concórdia com a equipe de Erika, o escora ao texto subiu para muro de 100, em meio à popularização do tema nas redes sociais e à pressão sobre deputados.

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