
Escala 6×1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'
Predilecto para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) disse se preocupar com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o termo da graduação 6×1, ou seja, a jornada de seis dias consecutivos de trabalho com um de sota. Motta defendeu a relevância de um largo diálogo para se chegar a um texto final sobre o tema.
Pela legislação em vigor, a fardo horária de trabalho no Brasil prevê um expediente de até oito horas diárias e 44 horas semanais. A deputada Érika Hilton (PSOL-SP) sugere que o limite seja reduzido para 36 horas semanais, sem modificar a fardo máxima diária de oito horas e sem redução salarial.
“Me preocupa muito, por exemplo, essa PEC agora recentemente apresentada, essa 6 por 1, onde se criou um verdadeiro movimento nas redes sociais em prol da PEC, que é um tema que nós temos e nós vamos discutir, mas não ouvindo somente um lado. Nós temos que ouvir, também, quem emprega. Nós temos que ouvir os dois lados, para que, a partir daí, nós não venhamos a ter o progressão de uma tarifa que possa amanhã ser danosa ao Brasil”, disse o parlamentar.
Motta pede maturidade e estabilidade no debate parlamentar
Motta afirmou ainda não ter uma opinião formada sobre a teorema. “Não estou cá dizendo que sou em prol ou contra. Estou dizendo que o Parlamento tem que, na sua maturidade, discutir esses temas e discutir respeitando quem pensa o contrário. A Câmara não pode se transformar em uma Morada onde o debate fique prejudicado, às vezes por agressões pessoais e verbais, que em zero contribuem.”
Entre os argumentos defendidos pela deputada Érika Hilton, está a teoria de que a PEC reflete um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis para os trabalhadores. A medida, segundo a parlamentar, está alinhada aos princípios de justiça social e desenvolvimento sustentável.
Movimento Vida Além do Trabalho: escora à mudança
A mudança na Constituição defendida por Érika Hilton encabeça a bandeira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes no ano pretérito. Seu fundador, Rick Azevedo, foi o vereador mais votado do PSOL na cidade do Rio de Janeiro.