BTG tem novo tri recorde, com wealth e crédito como destaques; ROE vai a 23,5%
O BTG renovou seu recorde de lucro, chegando a R$ 3,2 bilhões, subida de 17% em relação ao mesmo período do ano pretérito. O resultado veio um pouco supra do consenso, mas com um qualitativo possante, marcado por possante prolongamento nas áreas de wealth management e de crédito.
As receitas totais do banco cresceram 14%, com progressão em praticamente todas as linhas de negócios, para R$ 6,4 bilhões. A alavancagem operacional trouxe o retorno sobre patrimônio ajustado (ROAE) para o maior patamar dos últimos anos, a 23,5%, 1 ponto percentual supra do trimestre anterior.
No wealth, o faturamento passou pela primeira vez a barreira de R$ 1 bilhão, com subida de 27% na confrontação anual e de 12% trimestre contra trimestre. A captação líquida de recursos foi de R$ 47,3 bilhões, supra do patamar de tapume de R$ 30 bilhões que o banco vinha reportando trimestralmente.
É o maior valor histórico de net new money da extensão, sem considerar aquisições. No primeiro trimestre, a captação líquida superado leste patamar, mas os números incluíam a incorporação da Órama.
Puxada principalmente pela renda fixa, a extensão de asset management também teve recorde de receita, com progressão de 30% em bases anuais, para R$ 606,4 milhões e captação líquida de R$ 30,6 bilhões.
Com prolongamento robusto de R$ 31% na carteira de crédito, para R$ 210 bilhões, a extensão de corporate lending foi outro destaque, se consolidando uma vez que a extensão de maior faturamento do BTG, chegando a R$ 1,71 bilhão, progressão de 29,5% na confrontação anual.
O faturamento já tinha superado o de sales and trading no último trimestre, que tinha sido mais fraco no segmento por conta da abordagem mais conservadora em relação à gestão de risco.
Neste tri, porém, mesmo com o VaR no menor nível histórico, a 0,16%, o bom desempenho da franquia de clientes se traduziu em um aumento de 15% na receita, para R$ 1,67 bilhão.
Em investment banking, a receita ficou em R$ 380 milhões, queda de tapume de 30% também na confrontação anual quanto na trimestral, em meio a um desempenho mais modesto na extensão de dívida, que tinha tido um prolongamento possante no primeiro semestre.
O Índice de Basileia fechou o terceiro trimestre em 16,4%.
No período, o banco fez uma emissão importante, de R$ 2 bilhões em notas financeiras perpétuas, a CDI+1,3%, aumentando o capital nível I em aproximadamente 50 pontos-base. Em outubro, houve ainda uma emissão de US$ 500 milhões em títulos de dívida sênior a uma taxa fixa de 5,875% ao ano e vencimento em cinco anos.