China contrairá dívidas enormes para estimular a sua economia

A China anunciou, neste sábado, 12, que vai recorrer massivamente à dívida pública, por meio de títulos especiais, para estimular a sua economia desacelerada e impulsionar o setor imobiliário e bancário.

O proclamação soma-se a uma série de medidas comunicadas nas últimas semanas, uma vez que a redução das taxas de juros, e visa fortalecer os bancos, concordar o mercado imobiliário e incentivar o consumo.

A China também permitirá que os governos locais assumam mais dívidas para financiar a compra de terrenos urbanizáveis e, assim, estimular o mercado imobiliário há muito estagnado.

O ministro das Finanças, Lan Fo’an, não forneceu detalhes em coletiva de prensa sobre os títulos especiais anunciados, mas disse que a China ainda tem espaço “para exprimir dívida e aumentar o déficit” para financiar novas medidas.

Em 2023, a China teve um dos crescimentos mais fracos das últimas três décadas (5,2%), um número solene que, no entanto, alguns economistas questionam.

Neste sábado, Lan disse que Pequim está “acelerando o uso de títulos do Tesouro adicionais, e títulos do tesouro especiais de ultralongo prazo também estão sendo emitidos para uso”.

“Nos próximos três meses, um totalidade de 2,3 trilhões de yuanes [cerca de US$ 325 bilhões ou R$ 1,8 trilhão] em fundos de títulos especiais poderão ser disponibilizados para uso em vários lugares”, acrescentou.

Ou por outra, o governo chinês também planeja “exprimir títulos governamentais especiais” para “melhorar a resistência ao risco e as capacidades de empréstimo” dos bancos comerciais estatais, com o objetivo de “servir melhor ao desenvolvimento da economia real”.

Impulso imobiliário

O vice-ministro das Finanças, Liao Min, afirmou que serão emitidos títulos especiais para os governos locais adquirirem terrenos para fins urbanísticos, uma medida que deverá impulsionar o mercado imobiliário.

Esta iniciativa “ajudaria a reduzir a pressão sobre os governos locais e as empresas imobiliárias em termos de dívida e liquidez”, explicou.

Pequim também incentivará a compra de propriedades comerciais existentes para serem transformadas em habitação a preços acessíveis.

No entanto, o traje de Pequim se ter abstido de especificar o montante destes estímulos fiscais adicionais gerou críticas entre os analistas.

“A mensagem principal é que o governo mediano tem capacidade para exprimir mais títulos e aumentar o déficit fiscal e […] o governo mediano planeja exprimir mais títulos para ajudar os governos locais a remunerar a sua dívida”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

Pequim provavelmente “ainda está trabalhando nos detalhes”, afirmou Heron Lim, da Moody’s Analytics, à AFP.

“Falta de previsão”

A incerteza econômica também pesou sobre o consumo.  Julian Evans-Pritchard, diretor da seção de economia chinesa da Capital Economics, destacou a “notável falta” de “qualquer menção a ajudas em grande graduação aos consumidores”.

“A falta de uma previsão para a dimensão do déficit orçamentário do próximo ano significa que ainda é difícil determinar quanto será o incitação fiscal e quanto tempo irá porfiar”, observou.

O governo chinês afirmou que pretende crescer 5% leste ano, um número que qualquer país ocidental gostaria, mas que está longe da expansão de dois dígitos que a economia chinesa sustentou durante anos.

Embora as medidas de incitação para serenar a incerteza econômica incluam a redução das taxas e a flexibilização das compras de habitação, os economistas dizem que é necessário mais do que isso.

Neste sábado, os principais bancos chineses anunciaram que reduziriam as taxas de juros das hipotecas existentes a partir de 25 de outubro, segundo a mídia estatal.

Com algumas exceções, uma vez que segundas hipotecas, “as taxas de juros de outras hipotecas elegíveis serão ajustadas” para não menos de 30 pontos-base aquém da taxa de juros de referência do banco mediano, informou a emissora estatal CCTV.

Os bancos anunciaram que os ajustes “serão feitos de maneira uniforme… e os clientes não terão que solicitá-los”, acrescentou a CCTV.

Esta semana, o banco mediano da China aumentou o escora aos mercados ao liberar dezenas de bilhões de dólares em liquidez para as empresas comprarem ações.

Pequim disse que o mecanismo de “swap” de 500 bilhões de yuanes (tapume de US$ 70 bilhões ou R$ 393 bilhões) promoveria “o desenvolvimento saudável e firme do mercado de capitais”.

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