
Quem era Alberto Fujimori, o ex-presidente venerado e odiado no Peru
O ex-presidente Alberto Fujimori governou o Peru com mão de ferro entre 1990 e 2000, derrotou a guerrilha maoísta Sendero Luminoso e passou 16 anos recluso por crimes contra a humanidade.
Progénito de japoneses, engenheiro agrônomo e com uma curso bem-sucedida de professor universitário, Fujimori tornou-se em 1990 o primeiro rebento de imigrantes a invadir a Presidência do Peru, ao vencer nas urnas o plumitivo Mario Vargas Llosa.
Além do cancro de língua, o ex-presidente tinha outros problemas de saúde, uma vez que fibrilação atrial, doença pulmonar e hipertensão.
Considerado racional e metódico, Fujimori aplicou a traço dura para desmantelar as guerrilhas e foi recluso por violação dos direitos humanos. Reconquistou a liberdade em dezembro pretérito, quando o Tribunal Constitucional do Peru restituiu o indulto que ele havia recebido em 2017 por razões humanitárias.
Fujimori cumpria pena desde 2009 por crimes contra a humanidade, pela morte de 25 pessoas em massacres cometidos em 1991-1992 por um esquadrão do tropa.
Julgado pela História
O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynki (2016-2018) indultou Fujimori em 2017. Em 2019, ele voltou para à prisão, em seguida um juiz anular a medida.
“Que a História julgue meus acertos e erros”, escreveu o ex-presidente em 28 de julho de 2018, ao completar 80 anos, em manuscrito enviado à AFP, no qual expressou sua crença de ter firmado as bases de um país que afirmou que se tornaria “líder na América Latina”.
“Nos anos contados que me restam, vou me destinar a três objetivos: unir minha família, melhorar minha saúde no que puder e fazer um balanço equilibrado e sereno da minha vida. Essas são minhas três metas principais”, revelou Fujimori.
Marco lícito
Sabido uma vez que “El Chino”, Fujimori tornou-se muito popular por sua luta contra o Sendero Luminoso. Mas em novembro de 2000, em meio a uma oposição crescente em seguida dez anos de governo, ele fugiu para o Japão e renunciou à Presidência por meio de um fax, para evitar a destituição.
Fujimori detinha um poder quase inteiro em seguida dar um “autogolpe” em 5 de abril de 1992, dissolvendo o Congresso e intervindo no Poder Judiciário, bravo pelas Forças Armadas e por uma estratégia do seu assessor de lucidez, Vladimiro Montesinos, eminência parda do regime.
Com quatro condenações judiciais por crimes contra a humanidade e depravação – a maior delas a 25 anos de prisão – e a saúde debilitada, Fujimori passou os últimos anos dando ingressão em hospitais.
O ex-presidente foi um “herói” para muitos peruanos e um “vilão” para outros. “O governo Fujimori foi o ponto mais grave de toda a história do Peru”, disse o sociólogo Eduardo Toche, quando ele foi réprobo. “Para ele, o marco lícito era o da sua vontade e a dos seus amigos, zero mais.”
Fujimori cultivou um estilo dominador, com seu perfil de varão insensível, intrigado e pouco comunicativo. Governava com um critério de fraternidade secreta, rodeado por um pequeno círculo de colaboradores.
Essa forma de governar, sem o contrapeso de outros poderes do Estado e com o controle dos meios de informação, abriu as portas para a depravação. Sua logo mulher, Susana Higuchi, divorciou-se dele em 1994 e o acusou de tê-la torturado e de ter prejudicado sua saúde mental.
Libertação de reféns
Fujimori aplicou um padrão econômico neoliberal que lhe valeu o pedestal de empresários, classes dominantes e órgãos financeiros internacionais, o que lhe permitiu superar a crise em que o Peru mergulhou no primeiro procuração do social-democrata Alan García (1985-1990).
O ex-presidente também derrotou a guerrilha maoísta Sendero Luminoso e o Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA), mas organizações de resguardo dos direitos humanos denunciaram massacres de civis.
Um dos episódios que deram mais louros políticos a Fujimori foi a libertação de reféns do MRTA na residência do mensageiro nipónico, em abril de 1997. Os 14 rebeldes foram mortos, em uma operação militar elogiada por muitos governos e questionada por grupos de resguardo dos direitos humanos, que denunciaram a realização dos sequestradores depois da sua rendição.
Depois se refugiar no Japão, Fujimori surpreendeu ao chegar em 2005 ao Chile, que o extraditou em 2007 para o Peru, onde ele foi julgado e réprobo.
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