Cuba estima em US$ 5 bi impacto do embargo dos EUA em um ano

ADALBERTO ROQUE

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, durante uma coletiva de prelo em Havana, 12 de setembro de 2024

ADALBERTO ROQUE

Cuba estimou, nesta quinta-feira (12), em mais de 5 bilhões de dólares o impacto do embargo norte-americano sobre a economia da ilhota em um ano, e considerou que o “honesto e responsável” que Joe Biden poderia fazer no final de sua gestão seria tranquilizar essas sanções.

“A única coisa honesta, responsável e séria que o atual inquilino da Moradia Branca poderia fazer seria modificar, no período que lhe resta de procuração, as políticas de bloqueio que herdou anteriormente, mas que aplicou de maneira intensa” durante sua Presidência, disse em coletiva de prelo o chanceler Bruno Rodríguez.

O director da diplomacia cubana se referia ao endurecimento das sanções implementado por Donald Trump durante seu procuração (2017-2021), que seu sucessor Joe Biden mudou pouco.

Na enunciação, o ministro voltou a denunciar a “infame” reincorporação de Cuba à lista de nações que apoiam o terrorismo, nos últimos dias do procuração de Trump.

Rodríguez apontou que “de 1º de março de 2023 até 29 de fevereiro deste ano, o bloqueio causou danos e prejuízos materiais a Cuba na ordem de 5,056 bilhões de dólares” (R$ 28,55 bilhões na cotação atual).

Essa zero representa um aumento de US$ 189,8 milhões (murado de R$ 1 bilhão) em relação ao relatório anterior, continuou o ministro, acrescentando que o dano amontoado durante seis décadas “ascende a 164,141 bilhões de dólares” (R$ 918,17 bilhões).

“Estima-se que, se não houvesse o bloqueio, o PIB de Cuba a preços correntes poderia ter desenvolvido murado de 8% em 2023”, em contraste com a contração de 2% que foi registrada.

Há mais de quatro anos, a ilhota comunista está mergulhada em sua pior crise econômica desde a queda do conjunto soviético, há três décadas, e a população enfrenta frequentes cortes de vontade, escassez de todos os tipos de bens e uma êxodo sem precedentes.

Todos os anos, desde 1992, Cuba apresenta à ONU um projeto de solução pedindo o término do embargo, imposto em plena Guerra Fria pelo presidente John F. Kennedy em 1962. Em 2023, 187 países votaram em prol da solução, enquanto Estados Unidos e Israel votaram contra. A Ucrânia se absteve.

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