Promotoria descarta crime em investigação contra Gustavo Lima

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmou em novo parecer guiado à Justiça nesta quinta-feira (10) que faltam indícios suficientes para provar crimes no caso que investiga o cantor sertanejo Gusttavo Lima por suposta lavagem de verba proveniente de jogos ilegais. O artista foi indiciado no contexto da Operação Integration, mas o MPPE destacou que não há evidências claras de irregularidades nas transações envolvendo a venda de uma avião, que é o foco mediano da investigação.

Gusttavo Lima foi indiciado em setembro de 2023, culpado de vender um avião para a empresa Esportes da Sorte e, posteriormente, negociar a mesma avião com os proprietários da Vai de Bet, empresa de apostas online. No entanto, segundo o MPPE, discrepâncias nos contratos, uma vez que assinaturas eletrônicas em datas divergentes e a revenda ulterior da avião para outra empresa, não configuram lavagem de verba. “O roupa da data da assinatura eletrônica do distrato não coincidir com a data digitada, além da estado dessa mesma avião ter sido vendida posteriormente, sete meses depois […] não indicam ilegalidade configuradora de transgressão de lavagem de verba”, afirmou o MPPE.

O parecer foi enviado à juíza Andréa Silencioso da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e assinado por cinco promotores de Justiça do Grupo de Atuação Privativo contra o Transgressão Organizado (Gaeco). O MPPE já havia solicitado que o caso fosse guiado para a Justiça da Paraíba, uma vez que a empresa Vai de Bet, principal foco da investigação, está sediada naquele estado.

O cantor, do qual nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, teve sua prisão preventiva decretada em setembro de 2023 pela juíza da 12ª Vara Criminal, juntamente com Bóris Maciel Padilha, inicialmente assinalado uma vez que seu empresário, o que foi recusado pela assessoria de Gusttavo Lima. O cantor deixou o Brasil antes da decretação da prisão, em um voo pessoal para Miami. No entanto, a ordem de prisão foi revogada no dia 24 de setembro pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que considerou as justificativas apresentadas uma vez que “ilações impróprias e considerações genéricas”.

O MPPE também abordou as acusações sobre o verba encontrado no cofre da Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima. De congraçamento com o órgão, os valores de R$ 4,9 milhões e R$ 4,8 milhões vieram da venda da avião Cessna Aircraft, padrão 560XLS, e estavam devidamente registrados. O parecer concluiu que a investigação não apresentou provas de que as transações envolviam atividades ilícitas, reforçando que não há relação entre as operações financeiras de Gusttavo Lima e jogos ilegais.

A resguardo do cantor comemorou o parecer do MPPE, afirmando que ele “reflete a persuasão de que o artista e suas empresas não cometeram nenhum transgressão de lavagem de verba, organização criminosa e exploração de jogos ilegais”. A resguardo também destacou que todas as operações comerciais foram realizadas com base em contratos e comprovantes bancários.

No final de setembro, o MPPE já havia recomendado que o caso fosse transferido para a Paraíba, uma vez que a empresa Vai de Bet, principal níveo das suspeitas, está localizada em Vargem Grande. A investigação também envolve outros empresários, uma vez que Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha, donos da Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, que teriam recebido valores da Esportes da Sorte sem justificativa clara.



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