Procuradora anuncia condução coercitiva para que Evo Morales deponha em caso sobre estupro

A procuradora Sandra Gutiérrez anunciou na quinta-feira, 10, que será emitida uma ordem de meio coercitiva para que o ex-presidente da Bolívia Evo Morales preste prova ao Ministério Público do país na investigação de um caso de tráfico de pessoas e estupro.

De tratado com a denúncia, Morales teria cometido os crimes de tráfico de pessoas e estupro com uma menor de idade, com quem teria tido um fruto. A vítima teria pertencido a um grupo de jovens chamado “Geração Evo”, criado pelo ex-presidente enquanto estava no poder.

Gutiérrez, por sua vez, é procuradora na região de Tarija, no sul do país, onde o caso está sendo investigado.

Estava previsto que Morales prestasse prova hoje em Tarija, mas sua resguardo apresentou uma petição para que ele não comparecesse, alegando que existe uma decisão constitucional que ordena que o caso seja tratado na região de Cochabamba, onde ele vive.

Gutiérrez destacou que, além do ex-presidente peruviano, outras duas pessoas que também são investigadas neste caso foram chamadas para depor e não compareceram.

“A mesma situação jurídica vale para os três, uma vez que não justificaram a pouquidade”, afirmou.

Gutiérrez alegou que “não está sendo violado nenhum recta”, uma vez que alegam Morales e seus advogados, mas que “tudo está a ser feito de forma transparente e de tratado com a lei”.

As organizações sociais que apoiam Morales advertiram nesta quinta-feira que, se o Ministério Público exprimir essa ordem contra o ex-presidente, iniciarão um bloqueio pátrio de rodovias.

O ex-presidente boliviano, que se distanciou do governo do presidente Luis Arce, seu correligionário no Movimento ao Socialismo (MAS), afirmou que se defenderá dessa “guerra judicial”, que para ele é uma “perseguição política”, e que mais de 200 advogados se ofereceram para defendê-lo “gratuitamente”.

A denúncia contra o ex-presidente foi apresentada em 26 de setembro na Procuradoria de Tarija, três dias depois da chegada a La Silêncio de uma passeata liderada por Morales com várias reivindicações, incluindo a validação de um congresso do MAS no qual ele foi nomeado “candidato único” do partido para as eleições presidenciais de 2025.

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