Brasileiros estão menos dispostos a comprar presentes no Dia da Criança, diz pesquisa
A perspectiva de vendas para o Dia das Crianças em 2024, comemorado no sábado, 12 de outubro, é menos favorável do que a do ano pretérito, segundo levantamento da Associação Mercantil de São Paulo (ACSP).
A pesquisa, realizada em parceria com a PiniOn, revelou que unicamente 38,2% dos entrevistados têm intenção de comprar presentes, enquanto 39,3% declararam que não vão comprar e 22,5% ainda estão indecisos.
Em 2023, 49,2% dos entrevistados pretendiam comprar presentes, 36,5% não tinham intenção de gastar na data, enquanto 14,3% não haviam decidiram.
O cenário marca uma queda significativa na intenção de compras em confrontação ao ano pretérito, além de um aumento no número de indecisos e de consumidores que não planejam comprar presentes.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, explica que, apesar do desenvolvimento da economia, o aumento dos preços de produtos básicos e o superior nível de endividamento familiar têm prejudicado o poder de compra das famílias, refletindo em uma projeção menos otimista para as vendas deste ano.
Quem pretende comprar gastará mais
Entre os entrevistados que afirmaram que vão comprar presentes, 44,4% planejam gastar mais do que em 2023, enquanto 34,4% disseram que gastarão menos. A maioria (67,8%) dos consumidores que vão às compras espera desembolsar entre R$ 50 e R$ 450.
As grandes redes de varejo continuam sendo a preferência para 42,2% dos compradores, enquanto 55,9% afirmam que farão as compras em lojas físicas.
A compra à vista também se destaca, com um soberania entre todas as categorias de bens e serviços pesquisados, possivelmente influenciada pelos altos custos do crédito.
Itens mais procurados
A pesquisa mostra que roupas, calçados e acessórios lideram as intenções de compra, mencionados por 27% dos entrevistados, seguidos por itens uma vez que bonecas (15,8%), bicicletas (11,5%) e carrinhos (12,4%). Entretanto, houve uma queda no interesse por eletrônicos, uma vez que videogames e celulares, em relação ao ano pretérito.
Por outro lado, itens uma vez que ingressos para cinema e teatro e viagens, que representam uma menor fatia das intenções de compra, também perderam relevância em 2024, consolidando a preferência por presentes mais tradicionais.
A pesquisa ACSP/PiniOn consultou 1.686 entrevistados de todo o Brasil e indicou que, para os comerciantes, há ainda espaço para desenvolvimento, mormente se conseguirem transmudar os indecisos em compradores.