Boi de brinco e com 'RG' oficial: por que o Pará aposta em rastrear seu gado

Enquanto para os humanos os brincos são acessórios de enfeite, para os bois sua função é prática e principal. O brinco posto na ouvido dos bovinos desempenha um papel crucial na identificação e manejo dos animais, contendo informações importantes uma vez que a {sigla} do país, estado, município, fundador e o número do bicho. Serve, portanto, para controle do produtor e, em privativo, para a rastreabilidade dos bovinos — leia-se, prometer que o bicho vem de um envolvente em conformidade com a legislação.

O estado do Pará deu um passo importante nesta quarta-feira, 11, ao identificar individualmente para monitoramento socioambiental o primeiro boi – o bicho foi batizado uma vez que “Pioneiro”. A teoria é que o processo de brincagem, uma vez que é chamado, possibilite que o rebanho tenha documentação certificada, um “RG” próprio.

O governador Helder Barbalho (MDB) aplicou um brinco privativo na ouvido do bicho, que permitirá o seguimento do bovino do promanação ao abate – a medida visa aprimorar o controle sanitário, a gestão de produtividade e asseverar que os animais não estejam associados a práticas de desmatamento proibido.

Com o segundo maior rebanho do Brasil, o Pará conta atualmente com 24,84 milhões de bovinos espalhados por murado de 165,9 milénio propriedades, segundo dados da Sucursal de Resguardo Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

Apesar de a produção ser voltada principalmente para o mercado interno, o estado tem intensificado suas exportações, principalmente para a União Europeia, que impõe rigorosas normas sobre desmatamento.

A novidade estratégia do Pará promete transformar a gestão do rebanho, oferecendo uma visão completa do trajectória dos bovinos. Com base no Cadastro Ambiental Rústico (CAR) e nas Guias de Trânsito Bicho (GTAs), os frigoríficos, até agora, só conseguiam controlar a segmento final da masmorra de fornecimento.

A expectativa é de que o novo sistema permita uma rastreabilidade completa, ajudando a prometer que os animais não tenham sido criados ou engordados em propriedades que desrespeitam normas socioambientais. Aliás, deve proporcionar melhor controle sanitário por segmento do governo estadual, com registros de vacinação e de eventuais doenças.

O brinco reúne, por exemplo, dados sobre desenvolvimento, desempenho reprodutivo e outras características que permitem identificar os fornecedores de indivíduos com melhor genética para formar o rebanho.

“Trata-se de um aperfeiçoamento histórico e necessário para o setor, com poder de impulsionar a transição da pecuária para uma novidade veras, livre de irregularidades ambientais e com ganhos na produtividade”, afirma Marina Guyot, gerente de Políticas Públicas do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

A China, maior parceiro mercantil do Brasil e principal comprador da músculos brasileira, também demonstra crescente preocupação com os aspectos socioambientais relacionados aos produtos que importa. No ano pretérito, o país asiático adquiriu 2,2 milhões de toneladas de músculos do Brasil, conforme dados do Ministério da Lavradio e Pecuária (MAPA).

“Levante é um progressão sem retorno, e é crucial para penetrar novos mercados internacionais e provar uma vez que a músculos é produzida, incluindo a origem e o método de produção”, avalia o presidente do Grupo Pecuária Brasil (GPB), Oswaldo Furlan, entidade, que reúne pecuaristas e profissionais do Brasil e do exterior.

Segundo Furlan, apesar dos avanços, a implementação da rastreabilidade ainda é “impositiva” e necessita de maior flexibilidade e suporte. Ele sugere uma implementação gradual, começando com aqueles produtores que já realizam rastreamento.

À EXAME, o presidente do GPB revelou que prepara uma proposta, que já foi apresentada ao Planta, para aprimorar o processo de rastreabilidade. De pacto com ele, a pasta se comprometeu a convocar um grupo de trabalho para detalhar a medida.

“É uma escolha viável, principalmente quando se pensa em rastrear todos os animais do Brasil de uma só vez, num país tão extenso e com uma pluralidade de práticas pecuárias” […] Minha sugestão é iniciar o processo de forma gradual, começando com aqueles que já realizam rastreamento atualmente, disse ele.

Oferta de manada no Brasil em 2025

A oferta de manada no Brasil começará a diminuir a partir de 2025, o que deve provocar um aumento nos preços da músculos bovina no país. Segundo a Datagro Pecuária, a previsão é de uma redução de 4,6% no número de abates no próximo ano e de 7,5% em 2026.

Aliás, o Brasil deve exportar 3,3 milhões de toneladas de músculos bovina leste ano, correspondendo a um quarto das exportações globais, de pacto com as estimativas do Departamento de Lavradio dos Estados Unidos (USDA).

A redução no rebanho brasiliano ocorre em um contexto global de escassez de animais para abate, que já está afetando negativamente os resultados financeiros de grandes empresas do setor, uma vez que Tyson Foods e Cargill, nos Estados Unidos.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios