
Aprovação de renegociação da dívida dos estados é “disruptiva“, diz Claudio Castro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou durante o CNN Talks nesta quinta-feira (15) que a aprovação do projeto de renegociação da dívida dos estados pelo Senado Federalista foi “disruptiva”.
“Ontem [dia da aprovação, 14] foi um dia de vitória disruptiva para o Rio de Janeiro. Isso traz uma justiça que não se via há muitos anos”, disse.
Castro participou do CNN Talks Novidade Política Industrial: Inovação para a Transformação, que acontece no Rio de Janeiro.
Ao mencionar o histórico do endividamento do estado, o governador indicou que o Rio de Janeiro contraiu obrigações, por exemplo, às vésperas da Despensa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, para a realização de obras de infraestrutura, mas afirmou que a maior secção do progressão da dívida ocorreu pelo peso da rolagem.
“É pior que o rotativo do cartão de crédito”, disse sobre os juros que incidem nas dívidas dos estados.
O projeto de lei complementar (PLP) estabelece um programa para pagamento da dívida em até 30 anos e traz possibilidades para que os estados reduzam o lucro que incide sobre as obrigações. São opções a entrega de ativos e direcionamento de quantia a um fundo, por exemplo.
Castro destacou o vestimenta de que o PLP não mexeu no estoque de obrigações das unidades federativas, mas permitiu a redução da indexação futura. “Não teve jeitinho, não teve isso de ‘ajudar mau pagador””, disse.
Para o governador, esta “vitória” se estende a todos os estados do país, não somente aos cinco mais endividados. Hoje, SP, RJ, MG, RS e BA acumulam mais de 80% dos R$ 800 bilhões de dívidas junto à União.
Questionado, Castro não indicou o espaço no Orçamento do Rio de Janeiro que será disponibilizado pela medida. Segundo ele, porém, a situação do estado será “bastante aliviada”.
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