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Fórum Brasil Diverso: empresas reconhecem seu papel na inclusão econômica da população negra

Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, acontece a décima edição do Fórum Brasil Diverso, evento que discute fórmulas para prometer a inserção e promoção da população negra no mercado de trabalho. A edição deste ano aborda o pretérito, presente e porvir das ações afirmativas e políticas de inclusão.

O evento foi criado pelo jornalista e cartunista Maurício Pestana, que também é CEO da Revista Raça, veículo especializado na promoção da volubilidade étnico-racial. O fundador do Fórum Brasil Diverso falou com exclusividade à Examinação sobre o que esperar do Fórum deste ano e quais as principais mudanças percebidas no debate sobre a temática racial na última dez.

Pestana conta que o Fórum foi criado há 10 anos a partir de uma provocação dele às grandes empresas. “Ajudei a instaurar a Lei de Cotas na cidade de São Paulo, o que foi importante para aumentar a volubilidade na prefeitura, mas são unicamente 200 milénio contratos de trabalho. As grandes empresas, com um impacto muito maior, não tinham programas de volubilidade”, explica.

A partir dessa constatação, Pestana organizou um encontro com CEOs e líderes dessas companhias para entender o que era feito e qual a presença de volubilidade entre seus funcionários. O resultado foi alarmante: unicamente 4,6% dos diretores das grandes empresas se declaravam negros. Assim, surgiu a teoria de realizar um evento com grandes líderes que debatessem formas de promover a mudança no quadro racial no mercado de trabalho brasílico.

Maurício Pestana, CEO da Revista Raça e fundador do Fórum Brasil Diverso (Divulgação/Divulgação)

O progressão das discussões sobre volubilidade

Para Pestana, o evento deste ano atinge um novo patamar: as discussões sobre o tema já não negam a existência do racismo. Apesar de ainda ter muito a ser feito, as empresas já reconhecem seu papel na inclusão econômica da população negra. “Levante ano, queremos focar ainda mais na subida liderança de grandes corporações, que já tratam a volubilidade de gênero com mais naturalidade, mas ainda estão distantes da representatividade racial”, destaca.

Antonia Quintão, presidente do Geledés – Instituto da Mulher Negra e professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie, será uma das painelistas do evento, buscando debater os avanços e desafios, mormente para as mulheres negras. “Chegar aonde estamos é resultado de muita luta. Sempre houve uma desqualificação do tema, e se hoje temos espaço para dialogar sobre racismo nas corporações, é fruto da luta da sociedade social e da mobilização negra”, explica.

A partir da mobilização de Quintão, um grupo de alunos da Universidade Mackenzie participará do Fórum estruturando estratégias de volubilidade e inclusão, buscando prometer o compromisso das empresas com a taxa. “Convertido com muitas mulheres negras que estão no meio corporativo e vejo que muitas estão desiludidas, decepcionadas e pensando em pedir exoneração”, conta.

A professora afirma que, embora as mulheres negras estejam presentes nas empresas, a cultura corporativa ainda as exclui, dificultando seu desenvolvimento profissional. “Não falta talento, currículo ou potencial para elas, mas falta a geração de uma cultura que inclua todas as diversidades”, pontua.

Desafios e esperanças para o porvir

Para Pestana, um dos obstáculos para a inclusão racial verdadeira na subida liderança das corporações é o engajamento dos presidentes e da dimensão de recursos humanos. “Essas áreas precisam ser convencidas de que, se vivemos em um país com quase 60% de negros, estamos falando de 100 milhões de pessoas com as quais temos uma dívida histórica”, explica.

O jornalista acrescenta que, embora as discussões sobre letramento racial tenham desenvolvido nas empresas, compreender o processo histórico do racismo no Brasil é secção dos princípios básicos do letramento antirracista. “Quando você se abre para entender isso e procura promover a inclusão de pessoas negras nas empresas, realmente vemos uma mudança na cultura corporativa”, conta. “Quem precisa resolver o racismo não é o preto, mas quem está com a caneta na mão.”

Apesar de as mudanças estarem acontecendo de forma lenta, Pestana permanece otimista em relação à mudança positiva no quadro racial no Brasil. “Não posso ser irrealista: sei que há muito negacionismo acontecendo. Mas avançamos muito na última dez e acredito que na próxima teremos avançado ainda mais. É um caminho sem volta”, afirma.

Quintão também se mostra esperançosa, acreditando que, apesar dos avanços tímidos, todas as conquistas da comunidade negra devem ser celebradas. Um dos motivos para seu otimismo são as novas gerações, uma vez que a Geração Z, que descreve uma vez que ousadas e determinadas na procura por mudanças sociais efetivas. “Nossos sucessos devem ser proporcionais a nossa capacidade de luta. Nossas reivindicações devem permanecer até que consigamos a justiça racial no mercado de trabalho e na subida liderança”, conclui.

A edição de 2024 deve receber mais de 2 milénio participantes, com ingressos gratuitos distribuídos pela internet. O evento acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo, e contará com palestrantes uma vez que Luana Ozemela, Vice-Presidente do iFood; César Almeida, CEO da Phoenix Contact; Judith Morison, assessora sênior de Desenvolvimento Social do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e Roberta Anchieta, Diretora de Gestão Fiduciária do Itaú. Saiba mais no site do Fórum Brasil Diverso.

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