Ford usa 'arma secreta' brasileira para desenvolver um terço das tecnologias dos seus carros

A Ford está passando por um processo global de transformação para se tornar uma empresa mais voltada para a tecnologia do que para a produção automotiva. Bilhões de dólares são investidos anualmente para fabricar soluções cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Outras até passam despercebidas diante de tanta tecnologia embarcada nos carros da montadora.

A corrida para liderar essa revolução tem diversos concorrentes, de chineses a europeus, passando por outras montadoras dos Estados Unidos. O grupo é diverso, com avanços cada vez mais acelerados. Mas a Ford conta com uma arma secreta que desenvolveu zero menos que um terço de toda a tecnologia embarcada atualmente nos carros da montadora e promete inovar ainda mais nos próximos anos.

Apesar de não ter uma vegetal fabril no Brasil, a montadora do oval azul mantém um Meio de Desenvolvimento e Tecnologia em Camaçari, na Bahia. Além da sede e do hub de inovação em Salvador, essa estrutura inclui o Meio de Testes em Tatuí, próximo a São Paulo, que é um dos maiores e mais muito preparados da América Latina para o desenvolvimento de veículos.

O multíplice é um dos nove centros de desenvolvimento da empresa no mundo e conta com mais de 1.500 especialistas que trabalham em projetos globais, porquê tecnologias semiautônomas, carros elétricos e conectados, exportando serviços de engenharia para mercados porquê Estados Unidos, Europa e China. Tapume de 85% de todo o trabalho desenvolvido por esses profissionais é voltado para projetos globais.

Tecnologias brasileiras

Várias tecnologias desenvolvidas pelo time de engenheiros brasileiros podem ser experimentadas nos modelos disponíveis no mercado hoje, porquê o One Pedal Drive do Mustang Mach-E, que permite guiar usando unicamente o acelerador, sem acionar o pedal do freio.

O Mustang GT Performance também traz duas inovações desenvolvidas pelo time Brasil. Uma delas é o Remote REV, que permite aligeirar o carruagem remotamente por meio da chave. Outra é o Track Apps, que além de acionar o Drift Brake e o Line Lock (travamento das rodas dianteiras para a manobra conhecida porquê “borrachão”), faz a mensuração dos tempos de volta, aceleração, frenagem e força G lateral e longitudinal. Também exibe informações porquê temperatura do motor, do diferencial e temperatura e pressão do óleo.

Simulador da Ford em Tatuí, no interno de São Paulo. (Divulgação/Divulgação)

Simulador brasílio

Há pouco mais de um ano, o Meio de Testes de Tatuí entrou para um seleto grupo de países em que a Ford está presente que contam com um avançado simulador estático de engenharia. Ele permite testar virtualmente vários componentes dos veículos, porquê suspensão, freios, direção e pneus.

“Ele nos ajuda a poupar tempo e numerário, porque quando vamos para os testes reais, já sabemos o que temos que fazer”, explica o engenheiro Jean Horcario.

O simulador tem uma tela de 4,5 metros e visão de 210 graus. Os outros estão instalados nos Estados Unidos e na Bélgica. “Temos mapeadas pistas de testes em outras unidades da Ford e, em breve, teremos cá a de Tatuí. Fazemos a validação de vários projetos globais”, diz Marinna Silva, gerente da unidade.

Marinna ainda revela que há diversos projetos de novos carros e que veremos tecnologias disruptivas vindas do Brasil em breve. O que é exatamente, ela guarda a sete chaves. O que é manifesto é que essa arma secreta com sotaque brasílio se mostra fundamental na estratégia global da Ford.

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