EUA autoriza transações entre quatro companhias e petrolífera venezuelana

Miguel Zambrano

(Registo) Visão universal da sede da Petróleos de Venezuela (PDVSA) em Caracas

Miguel Zambrano

O governo do presidente Joe Biden autorizou transações “essenciais” entre a companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) e quatro empresas americanas, informou o Departamento do Tesouro nesta sexta-feira (10).

Washington aplica uma bateria de sanções à Venezuela posteriormente a reeleição, em 2018, de Nicolás Maduro, que considera “fraudulenta”. Essas medidas incluem, desde 2019, a proibição de comercializar petróleo venezuelano.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), vinculado ao Departamento do Tesouro, emitiu a licença universal 8N, que autoriza Halliburton, Schlumberger Limited, Baker Hughes Holdings LLC e Weatherford International a realizarem transações com a PDVSA “necessárias para a manutenção limitada de operações essenciais na Venezuela” ou sua “liquidação progressiva”.

A novidade licença entra em vigor nesta sexta-feira e vai até novembro, e substitui outra similar emitida há quase seis meses.

Entre as operações permitidas com as quatro empresas estão as necessárias para prometer a segurança do pessoal, a participação em reuniões de acionistas, os pagamentos de despesas de terceiros por atividades autorizadas, o pagamento de impostos e salários locais a empregados e prestadores de serviços, muito porquê a contratação de serviços públicos.

No texto, o OFAC detalha que continua proibindo a perfuração, o processamento, a venda e o transporte “de qualquer petróleo ou produtos petrolíferos de origem venezuelana”.

Tampouco permite desenvolver, edificar, instalar, reparar ou melhorar poços ou outras instalações “exceto quando seja necessário por motivos de segurança”, nem contratar pessoal ou serviços adicionais ou o pagamento de dividendos à PDVSA.

Também veta a exportação de diluentes e a licença de empréstimos ou subsídios à petrolífera venezuelana.

A situação entre os Estados Unidos e o governo Maduro é tensa, faltando menos de três meses para eleições presidenciais no país caribenho, previstas para 28 de julho.

O governo Maduro pactuou em 2023 um roteiro eleitoral com a oposição, o que fez os Estados Unidos aliviarem algumas sanções ao petróleo, gás e ouro. Mas Washington as restabeleceu por razão da inabilitação de opositores e a detenção de ativistas.

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