O fenômeno climatológico La Niña deve chegar entre setembro e novembro deste ano, de convénio com a novidade atualização do Meio de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NCEP), divulgada nesta quinta-feira, 8 — há 66% de chances de o La Niña ocorrer, segundo o órgão norte-americano.
Durante um evento de La Niña, a temperatura do Oceano Pacífico na região tropical fica aquém da média, e esse resfriamento provoca uma série de efeitos climáticos, que incluem chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas em algumas áreas da América do Sul.
A previsão anterior era de que o La Niña ocorresse em agosto, ou seja, ainda no inverno brasiliano, entretanto, o fenômeno deve ter início na primavera e ter fraca intensidade, segundo o CPC/NCEP.
Apesar de a taxa de resfriamento da temperatura da superfície do mar (SST) ter sido mais lenta do que se esperava, “as condições ainda são favoráveis para o desenvolvimento de La Niña nos próximos meses”, afirmou o órgão em nota.
Isso ocorre porque as temperaturas aquém do normal no subsolo e os ventos de leste fracos continuam a fabricar um envolvente propício para esse fenômeno climatológico.
A previsão é de que o fenômeno traga refrigério para produtores agrícolas que enfrentaram sérios problemas recentemente – isso inclui a possibilidade de indemnizar os danos causados por secas severas na África e das enchentes históricas no Rio Grande do Sul, por exemplo.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um embarcação através de uma rua inundada no núcleo histórico de Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um embarcação através de uma rua inundada no núcleo histórico de Porto Satisfeito)
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Vista das áreas inundadas ao volta do estádio Redondel do Grêmio em Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A chuva e a vasa tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao volta do estádio Redondel do Grêmio em Porto Satisfeito)
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Vista aérea do núcleo de treinamento do Internacional ao lado do estádio Orla Rio em Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do núcleo de treinamento do Internacional ao lado do estádio Orla Rio em Porto Satisfeito)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um sinistro climatológico severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O tropa respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um embarcação para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Satisfeito, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, murado de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Satisfeito. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um embarcação para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Satisfeito)
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Um varão limpa sua vivenda atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um sinistro climatológico sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram determinar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um varão limpa sua vivenda atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de vasa posteriormente a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no núcleo de Porto Satisfeito. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um sinistro climatológico sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram determinar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de vasa posteriormente a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de subida pressão para remover a vasa acumulada pela enchente)
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(Devastação no RS posteriormente chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Terreiro Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Satisfeito, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Terreiro Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para prometer que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para prometer que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da devastação no Rio Grande do Sul – Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)
Uma vez que La Niña afeta o Brasil?
No Brasil, o fenômeno La Niña pode impactar o país de diversas maneiras, principalmente em relação às suas principais culturas agrícolas, porquê soja, moca e açúcar.
Segundo a Climatempo, caso ocorra o La Niña, as regiões Setentrião e Nordeste do Brasil devem receber mais chuvas do que o habitual, o que pode ser vantajoso para a lavoura lugar. Por outro lado, a região Sul poderá testar uma redução nas chuvas, com possibilidade de geadas tardias e estiagem durante o verão.
No caso da soja, o clima mais sequioso e quente deve atingir a maioria das regiões produtoras de soja no sul do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores da oleaginosa no país.
“É um indicativo que nos motivo mortificação. A estratégia do produtor é ter planejamento, profissionalismo e gestão. Ele deve ter um sistema de gestão ajustado para compreender o fenômeno climatológico”, afirmou à EXAME, Alencar Paulo Rugeri, diretor técnico da Emater/RS.