Betty Faria volta a alfinetar sindicato e manda recado: “Não preciso” – ac24horas.com

A atriz Betty Faria voltou a satirizar o Sindicato dos Artistas do Rio, depois que o presidente Hugo Gross rebateu uma fala dela a reverência da associação.

Para quem não lembra, em recente entrevista, a veterana atriz deu a sua opinião sobre influenciadores estarem atuando em novelas e filmes, e disse que o sindicato ficou muito fraco e não fez as exigências devidas a reverência do DRT. À pilar Fábia Oliveira, Hugo Gross apontou algumas contradições no oração de Betty e afirmou que ela não aparece na entidade há anos.

Durante o lançamento do livro O Lado B de Boni, de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ela conversou com Marcos Bulques, colunista do Conexão Entrevista, e rebateu o presidente do sindicato e deixou uma sugestão para ele.

“Aí vai a teoria para o nosso presidente do sindicato. Eu não preciso chegar lá. A gente não aparece assim no sindicato, a gente marca reuniões. Se quiser uma reunião, pode me invocar que eu vou com muito prazer, mas eu tenho uma teoria para dar: todos os artistas contratados, cada contrato, deveria remunerar uma percentagem para o Retiro dos Artistas, dar uma percentagem, mínima que fosse, já ajudaria, não seria essa cuia na mão que fica o tempo todo para a gente poder ajudar, mandar um dinheirinho para eles sobreviverem”, disse Betty Faria.

A atriz disse que ela teve sorte de ter condições financeiras para sobreviver, mas que não é a verdade de quem está no retiro.

“Nós, que tivemos sorte, porque tivemos sorte, muita gente talentosa ficou ali [no Retiro dos Artistas]. A gente não dá percentagem para o mundo inteiro? Para o Brasil? Para o Rio de Janeiro? Para o governo? Para tudo? Dá uma percentagem para o Retiro dos Artistas. A minha teoria é essa, estou lançando agora”, rebateu a veterana.





Entenda a polêmica entre Betty Faria e o sindicato

Em entrevista ao colunista Marcos Bulques, Betty Faria criticou o sindicato.

“O nosso sindicato ficou muito fraco, esses últimos anos nosso sindicato dos atores ficou fraco, não fez exigências devidas, fraqueza do sindicato dos atores que deveria ter feito mais exigências do registro de atriz”, disse Betty Faria ao colunista Marcos Bulques, do Conexão Entrevista.

À pilar Fábia Oliveira, Hugo Gross afirmou concordar parcialmente com a atriz, criticando as gestões anteriores do Sindicato dos Artistas. Segundo o presidente, Betty não aparece na entidade há anos e ainda aproveitou para mostrar algumas contradições no oração da veterana.

“Eu tive o prazer de trabalhar com a Betty Faria na romance A Indomada. Eu concordo parcialmente com o que ela disse. Várias gestões, por muito tempo, deixaram essa exigência de lado. Venustidade, eu concordo com isso. Mas esse tema, hoje, está sendo discutido com força plena e totalidade pela atual gestão do sindicato e a gente tem derrotado muito nessa tecla da exigência do registro profissional, da valorização dos nossos artistas, dos atores, das atrizes, das respeitabilidade da função ator, atriz e técnico também. Respeitando grandes nomes porquê o da própria Betty Faria, Fernanda Montenegro, Carlos Vereza, Luiz Carlos Arutin… são as células mais importantes de uma produção e a gente tem uma equipe, desde o dia em que entramos, trabalhando muito pra combater essa prática”, disse ele.

Gross continuou: “Na entrevista, ela é contraditória. Porque ao mesmo tempo que ela fala que o sindicato não cobrou o suficiente nas gestões passadas, ela diz que tem influencers com talento e que ela não pode ser radical. Logo ela está sendo contraditória”, disparou ele. “A Betty não aparece no sindicato desde 2003”, completou.

O presidente do Sindicato dos Artistas ainda rebateu uma fala de Betty Faria à reverência de Grazi Massafera. Na ocasião, a atriz disse: “Acontece que o tempo vai filtrar quem tem a vocação, quem vai estudar porque nós temos alguns exemplos de pessoas que foram big brother, a Grazi Massafera que é uma atriz, uma pessoa de muito talento, ela foi, teve chance, muito formosa, tem sensibilidade”.

“Mas ela [Grazi Massafera] foi duramente criticada pela categoria. Duramente. Extremamente simpática, mas talento zero. E depois ela tomou corpo, ela entendeu, ela estudou, ela se dedicou…”, pontuou Hugo Gross. “O que sindicato vem fazendo é que se cumpra a lei. A gente não está cá proibindo ninguém de trabalhar”, acrescentou.

Ainda no bate-papo com a pilar, o ator criticou a postura de Betty Faria ao ser questionada sobre a volta da romance Chuva Viva (1980) no Globoplay. O presidente do sindicato bateu na tecla dos direitos autorais. Recentemente, Mateus Solano cobrou pagamento do grupo Mundo pela reprise da de Viver a Vida, que foi ao ar em 2009.

“Em um determinado momento, foi perguntado pra ela sobre Chuva Viva, não é? E ela em nenhum momento pensou em abraçar essa justificação que vem tirando o sono de muitos artistas, que é o recta autoral. Independentemente se ela é rica, independentemente se ela precisa, vários precisam pra sobrevivência. É onde os artistas fazem com que as grandes emissoras ganhem muito numerário, é no recta autoral. É poder dividir isso que todos os atores e atrizes têm recta”, destacou Gross.

Ele encerrou: “O que nós sempre vamos tutelar é que a nossa profissão não é menor que as outras profissões, ela não é menor que um médico, que um legisperito… elas são iguais, elas têm a mesma paridade. Essa é a bandeira do Sated, de lutar pelo recta, pela respeitabilidade do artista. E é isso que a gente vem fazendo sempre. É pelo registro profissional, pelo recta autoral, pela paridade dos atores, das atrizes, dos artistas do nosso Rio de Janeiro”.



Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios