Copom define hoje corte nos juros; decisão pode ser dividida

Escritório Brasil

Namoro nos juros será o sétimo seguido

Com a possibilidade de separação entre os membros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Medial (BC) decide nesta quarta-feira (8) o tamanho do golpe na taxa básica de juros, a Selic. A  recente subida do dólar
e os juros altos nos Estados Unidos trouxeram a indefinição se os juros básicos, atualmente em 10,75% ao ano, serão reduzidos em 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

Nos comunicados da última reunião, no término de março, o Copom informou que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, um golpe de 0,5 ponto percentual no encontro de maio. No entanto, o mercado financeiro global enfrentou fortes instabilidades desde logo, o que reduziu a previsibilidade do encontro.

Em viagem para a reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana), em abril, o presidente do BC disse que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve tombar 0,25 ponto percentual. Até semana passada, a expectativa estava em golpe de 0,5 ponto. Para o término do ano, a estimativa é que a Selic chegue a 9,63% ao ano.

Nesta quarta-feira, ao término do dia, o Copom anunciará a decisão. Esse será o sétimo golpe desde agosto, quando a mando monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.

Inflação

Na ata da última reunião, em março, o Copom informou que mudou a forma de falar os próximos cortes para dar mais flexibilidade ao Banco Medial. Até janeiro, o Copom informava que reduziria a Selic em 0,5 ponto pelo menos mais três vezes. Agora, o órgão informou unicamente que cortaria os juros básicos na mesma magnitude no encontro de maio.

Na ocasião, o Copom informou que cumpriu o papel “de coordenar as expectativas, aumentar a potência de política monetária e reduzir a volatilidade”. No entanto, ressaltou que a deterioração da ensejo internacional tornou mais incerto o cenário para a queda da inflação, não unicamente no Brasil, mas em diversos países. A perspectiva de subida de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de minguar os juros em 0,5 ponto por longo tempo.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2024 caiu levemente, de 3,73% para 3,72%. Isso representa inflação dentro do pausa da meta estabelecida pelo Recomendação Monetário Pátrio (CMN), de 3% para leste ano, podendo chegar a 4,5% por justificação do pausa de tolerância de 1,5 ponto.

Em abril, o Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Espaçoso -15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação solene, recuou para 0,21%, segundo o Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula subida de 3,77% em 12 meses, dentro da meta para 2024.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Pátrio no Sistema Próprio de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Medial para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado cândido – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é sofrear a demanda aquecida, e isso justificação reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, porquê risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta

Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Recomendação Monetário Pátrio, é de 3%, com pausa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para grave. Ou seja, o limite subordinado é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo pausa de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no término de março pelo Banco Medial, a mando monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%, dentro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no término de junho.

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