Delator do PCC é morto em tiroteio no Aeroporto de Guarulhos; outras quatro pessoas são baleadas
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, envolvido em esquemas de criptomoedas e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto em um troada no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde desta sexta-feira, 8. O troada deixou quatro pessoas feridas, incluindo o empresário, que não resistiu.
O confronto armado envolveu criminosos do PCC e policiais, e o Corpo de Bombeiros foi acionado. Segundo o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, Gritzbach estava ameaçado de morte pela partido criminosa devido a uma série de acusações feitas contra o grupo em sua delação premiada, homologada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em abril deste ano.
Gritzbach, que atuava porquê corretor de criptomoedas, era criminado de desviar murado de R$ 100 milhões do PCC, verba que, segundo a partido, seria destinada a investimentos em criptoativos. Em 2021, ele foi níveo de um “tribunal do delito” do PCC, onde foi mantido sob tortura por 9 horas e liberado com a promessa de reaver o valor desviado.
Histórico de ameaças e acusações de lavagem de quantia
Em seu testemunho ao MPSP, Gritzbach detalhou o envolvimento de empresários e agentes do futebol em um esquema de lavagem de quantia para o PCC, incluindo o agente Danilo Lima de Oliveira, o “Tripa”, da Lion Soccer Sports. Tripa teria ordenado que Gritzbach se despedisse da família sob ameaço de ser esquartejado.
A partido ainda o acusava de envolvimento na morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Rosto Preta, em 2021, elevando a tensão entre Gritzbach e o PCC.
O troada desta sexta-feira evidenciou os riscos enfrentados por delatores em esquemas de organizações criminosas. O DHPP segue as investigações para apurar os detalhes da ação, que terminou com os atiradores fugindo do sítio em um Gol preto, ermo nos periferia do aeroporto.