A nova era do franchising

Por Julio Monteiro *

O franchising brasiliano ocupa uma posição de destaque na economia pátrio, mas seu sucesso contínuo dependerá da capacidade de adaptação e da eficiência na colaboração entre franqueadora e franqueados. Em um mercado cada vez mais dinâmico, a função de cada uma dessas partes precisa ser redefinida e aprofundada para prometer o incremento sustentável.

A relação entre franqueadora e franqueados não pode mais ser baseada exclusivamente em repasses de know-how e realização operacional. O contexto atual exige um alinhamento estratégico robusto, onde ambos os lados compreendam e desempenhem seus papéis de maneira integrada e proativa.

1. Os papéis no franchising

A franqueadora deve assumir o papel de catalisadora de inovação e desenvolvimento. Sua função vai além de fornecer um protótipo de negócios comprovado. Cabe a ela monitorar incessantemente as mudanças do mercado, identificar novas tendências e tecnologias e traduzi-las em soluções práticas que possam ser rapidamente implementadas na rede.

Isso inclui a geração de estratégias de médio e longo prazo, que considerem os desafios e oportunidades específicos de cada mercado em que a franquia atua. Aliás, é responsabilidade da franqueadora estabelecer processos eficientes de notícia e treinamento, garantindo que os franqueados recebam informações e orientações de forma clara e em tempo hábil.

Por outro lado, o franqueado deve ser visto porquê mais do que um operador sítio. Ele precisa atuar porquê um gestor estratégico, entendendo profundamente as dinâmicas do mercado regional e as expectativas dos consumidores locais.

Para isso, é fundamental que os franqueados estejam capacitados a examinar dados e interpretar métricas operacionais e de desempenho fornecidas pela franqueadora. A implementação de tecnologias avançadas, por exemplo, só será eficiente se os franqueados souberem utilizá-las corretamente e se tiverem a capacidade de adaptá-las às particularidades de sua operação.

A sinergia entre franqueadora e franqueados se torna principalmente crucial em um envolvente de negócios onde a inovação e a eficiência operacional são fundamentais para o incremento. A franqueadora deve proporcionar entrada a ferramentas tecnológicas que otimizem processos porquê gestão de estoque, logística e atendimento ao cliente.

No entanto, é indispensável que os franqueados não exclusivamente adotem essas ferramentas, mas também forneçam feedback contínuo sobre sua eficiência, contribuindo para o aprimoramento do sistema porquê um todo.

2. Sustentabilidade

Outro vista crítico dessa relação é o alinhamento em relação à sustentabilidade e responsabilidade social. A franqueadora deve liderar o desenvolvimento de práticas sustentáveis que possam ser aplicadas em toda a rede, enquanto os franqueados devem prometer sua realização leal em cada ponto de operação.

A implementação de processos de economia rodear, por exemplo, só será bem-sucedida se houver uma compreensão clara dos objetivos e das métricas de desempenho relacionadas à sustentabilidade. Essa colaboração não só fortalece a imagem da marca, mas também atende às exigências de consumidores cada vez mais conscientes.

3. Governança

A governança também é um elemento que precisa ser fortalecido. O franchising depende de uma estrutura clara de responsabilidades e de um processo decisório que envolva ambas as partes.

A franqueadora deve manter uma postura de liderança e supervisão estratégica, enquanto os franqueados devem participar ativamente das decisões operacionais e contribuir com insights baseados em sua experiência no campo. Para que essa estrutura funcione, é importante que ambas as partes confiem uma na outra e compartilhem o compromisso com os objetivos de longo prazo da rede.

4. Inovação

Aliás, a cultura de inovação deve ser incentivada em todos os níveis. A franqueadora deve produzir espaços para a experimentação controlada, permitindo que franqueados testem novas abordagens ou modelos operacionais em determinados mercados antes de sua implementação em toda a rede. Esse processo colaborativo fortalece a relação entre as partes e promove uma mentalidade de melhoria contínua, fundamental para manter a relevância da franquia em um mercado altamente competitivo.

A sustentabilidade do franchising brasiliano dependerá da capacidade de todos os envolvidos de se adaptarem rapidamente às mudanças. As franqueadoras que investirem em inovação, governança eficiente e suporte estratégico estarão melhor posicionadas para liderar o mercado.

Os franqueados que se dedicarem ao desenvolvimento contínuo de suas competências e à emprego sítio de estratégias globais também terão um papel importante no incremento da rede. Esse alinhamento estratégico será a base para um franchising potente e resiliente, capaz de sustentar seu papel porquê um dos principais motores da economia brasileira.

O franchising continuará nas mãos de franqueadores, franqueados, fornecedores e consumidores; até cá zero muda. Entretanto, essas mãos precisam ter um histórico de boa conduta, vontade de fazer um incremento sustentável e, mais do que nunca, simbiose entre todos os stakeholders.

Para fechar, trago uma frase da Kate Ancketill, uma amiga do varejo internacional e uma das melhores palestrantes da NRF nos EUA: “O sucesso no varejo de amanhã será definido pela capacidade de antecipar e responder às necessidades em regular evolução dos consumidores.”

* Julio Monteiro atua no franchising há 24 anos, é sócio da Megamatte, do Grupo Rhodium e diretor vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising Seccional Rio de Janeiro.

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