Como uma boa gestão da mudança pode transformar a visão da juventude sobre o futuro

Por Paula Esteves, CO-Ceo da Cia de Talentos

No meu último item, compartilhei com vocês um oferecido preocupante: a frieza é o sentimento mais frequente entre o público jovem. Minha intenção com isso não é apresentar um cenário incontornável, mas fazer um invitação para mudarmos essa veras.

Por isso, nesse item, quero focar no “uma vez que”. Por fim, uma vez que é que a gestão pode transformar frieza em ação e engajamento?

Na Cia de Talentos, acreditamos que um dos caminhos para isso é ajudar a juventude a enxergar o porvir dissemelhante, com mais otimismo. Não que a liderança tenha que praticar a modalidade de cheerleading, “animando a torcida” mesmo em um cenário pouco inspirador. Também não é para iludir as pessoas, criando falsas esperanças somente para engajá-las.

O caminho é produzir um envolvente de trabalho no qual seja provável estar confortável com o desconfortável, o que envolve capacitar a liderança para que ela saiba fazer uma gestão da mudança com eficiência. Vou explicar melhor essa teoria.

É que, por conta desse ritmo intenso de transformações, sentimentos de desespero, cansaço e preocupação estão surgindo com maior intensidade. Infelizmente, esse cenário foge do nosso controle, ou seja, não dá para frear a aceleração do mundo — mas é provável oferecer um envolvente de trabalho que acolhe essas sensações incômodas e que ajuda as pessoas a lidarem com isso mais facilmente.

Liderança precisa de escora

Só que, para conquistarmos um clima organizacional assim, é necessário saber conduzir muito a mudança. Na prática, isso significa que a liderança precisa de escora tanto técnico, com ferramentas e metodologias de gestão, quanto psicológico por meio de programas voltados para o desvelo da sua saúde mental.

Quando temos líderes que sentem segurança em velejar pelas incertezas, suas equipes se sentem inspiradas para fazerem o mesmo, criando um ciclo positivo de resiliência e adaptação. E não só isso: uma boa gestão da mudança também vai impactar no ânimo das pessoas e no sentimento de realização, uma vez que identificamos na última edição da pesquisa Curso dos Sonhos.

Capacitar líderes para fazerem uma boa gestão da mudança também passa por desenvolver habilidades relacionadas à informação, uma vez que a de praticar uma escuta ativa. Esse tipo de cultura faz com que a juventude sinta que há espaço para expressar suas inquietações e compartilhar suas ideias sem julgamento — o que, por sua vez, impacta no siso de pertencimento.

Conforme a organização cria esse espaço de protecção e troca, ela não só reduz os efeitos negativos das mudanças rápidas, mas fortalece a capacidade de sua equipe ver além das dificuldades imediatas. Com uma liderança que pratica essas habilidades, o público jovem deixa de enxergar o porvir uma vez que um território de pânico e frieza.

Em vez disso, esse grupo vê no amanhã uma oportunidade para inovação, incremento e realização pessoal.

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