Enchentes Rio Grande do Sul: BNDES confirma mobilização de R$ 8,5 bi a empresas gaúchas afetadas

O Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou nesta quinta-feira (8) já ter mobilizado R$ 8,5 bilhões a empresas afetadas pela tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Até o último dia 5 de agosto, as aprovações somavam tapume de R$ 4,8 bilhões em mais de 2.680 operações, dentro dos R$ 15 bilhões do Fundo Social que foram disponibilizados pelo Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul. A traço de capital de giro teve R$ 4,1 bilhões aprovados, sendo destinada majoritariamente para pequenas e médias empresas. Os recursos permitiram pagamentos de salários, compra de insumos, quitação de pagamento a fornecedores e manutenção de empregos, argumentou o banco de fomento.

O Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul é voltado a micro, pequenas e médias empresas, constituídas porquê pessoas jurídicas de recta privado; produtores rurais; cooperativas; transportadores autônomos de trouxa; e empresários individuais. As três modalidades de esteio incluem: financiamento a obtenção de máquinas e equipamentos para reconstituir capacidade produtiva afetada; financiamento a projetos de investimento, tais porquê construção/reforma de fábricas, galpões, armazéns, estabelecimentos comerciais etc.; e crédito emergencial para capital de giro.

 

 

Além dos R$ 4,1 bi aprovados para capital de giro, a traço de crédito de Máquinas e Equipamentos somou R$ 623 milhões em aprovações, e a traço de Investimento e Reconstrução, mais de R$ 86,5 milhões aprovados.

“O programa atende empresas e empreendedores de áreas afetadas pelos eventos climáticos extremos, desde que tenham sofrido perdas materiais decorrentes da tragédia. Mais de 80% dos recursos aprovados foram para pequenas e médias empresas”, informou o BNDES, em nota distribuída à prensa.

Os R$ 15 bilhões do Fundo Social emergencial para o Rio Grande do Sul são divididos em R$ 7,850 bilhões para esteio direto às empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões e outros R$ 7,159 bilhões para esteio indireto (MPMEs), por meio da rede parceira de bancos privados, públicos, cooperativas de crédito e outros agentes financeiros que atuam no Estado.

Na modalidade indireta, já foi executado mais de 60% do orçamento previsto no Fundo Social. Dos R$ 7,1 bilhões destinados a micro, pequenas e médias empresas, foram executados tapume de R$ 4,3 bilhões, sendo o negócio e os serviços os maiores beneficiários, apontou a diretora de Crédito Do dedo para PMEs do BNDES, Maria Fernanda Coelho, na nota solene.

“Deste orçamento, o BNDES reservou exclusivamente para micro e pequenas empresas um totalidade de R$ 900 milhões, dos quais mais R$ 300 milhões já foram contratados (tapume de 35%)”, informou o banco de fomento. “O banco também aprovou a suspensão de pagamentos por 12 meses em mais de 33,3 milénio contratos, totalizando aproximadamente R$ 1,6 bilhão, sendo 59 operações diretas (com grandes empresas), que somam R$ 398,8 milhões.”

Garantia em R$ 2,1 bi em operações de crédito

Já o fundo garantidor do Programa Emergencial de Aproximação a Crédito (FGI PEAC) garantiu 2.134 operações, alavancando mais de R$ 2,1 bilhões em crédito para o Rio Grande do Sul, apontou o BNDES. O banco de fomento fornece as garantias para as operações de crédito que os bancos parceiros realizam com seus recursos junto às micro, pequenas e médias empresas gaúchas.

O banco lembrou ainda ter validado diversas operações diretas no setor de infraestrutura, para a reconstrução do Estado nas áreas de pujança e transporte, incluindo rodovias e aeroportos.

“Essas operações são mais complexas e envolvem estudo mais detalhada do BNDES, tanto pela expressividade do volume de recursos quanto pelo impacto que geram na economia”, ressaltou o banco de fomento.

O BNDES aprovou aproximadamente R$ 1,4 bilhão para a RGE Sul Distribuidora de Vontade S.A (Grupo CPFL), que compreende financiamento para obtenção de máquinas e equipamentos e capital de giro. A empresa é responsável pela distribuição de 65% da pujança elétrica consumida no Rio Grande do Sul, com 7,1 milhões de pessoas e 3,1 milhões de unidades consumidoras atendidas.

“A estruturação dessa operação vai permitir a garantia do fornecimento de pujança para a população gaúcha sem aumento de tarifa leste ano”, frisou a instituição.

O banco aprovou ainda R$ 100 milhões em crédito emergencial à concessionária Caminhos da Serra Gaúcha S/A, que opera 271,54 km de rodovias que atravessam 18 municípios gaúchos, “para estribar as necessidades de liquidez imediata da empresa”.

“Essa malha viária, que atravessa três serras e o Vale do Caí, teve vários pontos de bloqueio e danos estruturais, tais porquê deslizamentos, afundamentos, fissuras no pavimento e erosão”, justificou o banco. “Outros R$ 125 milhões foram aprovados para a Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. (Viasul), que também teve sua malha, de 473,4 km, afetada pelos eventos climáticos, com 101 pontos de bloqueio totalidade ou parcial e diversos danos à estrutura das rodovias. A Viasul opera trechos das BRs 101, 290, 386 e 448, rota fundamental para a economia gaúcha.”

O banco determinou ainda a suspensão temporária de pagamentos dos financiamentos do Aeroporto Afonso Pena e da rodovia RSC-287, impactados pelas enchentes.

“A concessionária Fraport Brasil, que opera o terminal aeroportuário, solicitou a suspensão do pagamento das parcelas referentes ao crédito de R$ 1,25 bilhão, facultado pelo BNDES em 2018, que corresponde a mais de 60% do valor a ser investido na ampliação, modernização e manutenção da infraestrutura do Salso Fruto. O Banco aprovou a medida, que passou a valer a partir de junho”, comunicou.

As debêntures de infraestrutura emitidas pela Rota de Santa Maria, concessionária da RSC-287, tiveram a data de vencimento prorrogada em um ano, para 15 de dezembro de 2047.

“Em junho de 2023, com a subscrição de 100% por secção do BNDES em oferta pública de debêntures, foram captados R$ 250 milhões”, lembrou.

O BNDES manteve um posto avançado no Rio Grande do Sul, na sede do Recomendação Regional de Contabilidade (CRC-RS), entre 2 de junho e 5 de julho deste ano.

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