Boeing anuncia acordo com Justiça americana no processo dos accidentes 737 MAX

Julien de Rosa

A Boeing anunciou um congraçamento com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no processo criminal pelos acidentes de dois aviões 737 MAX em 2018 e 2019, nos quais morreram 346 pessoas

JULIEN DE ROSA

A Boeing anunciou nesta segunda-feira (8) que alcançou um congraçamento com o Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos no processo criminal pelos acidentes de dois aviões 737 MAX em 2018 e 2019, nos quais morreram 346 pessoas.

“Alcançamos um congraçamento de princípio sobre os termos de uma solução com o Departamento de Justiça”, afirmou a Boeing em um transmitido enviado à AFP.

O congraçamento foi anunciado depois que os promotores concluíram que a Boeing violou um congraçamento anterior sobre os acidentes, que aconteceram na Etiópia e na Indonésia.

Segundo os documentos judiciais apresentados Texas no domingo, a empresa concordou em se declarar culpada de “conspiração para fraudar os Estados Unidos” durante a certificação dos aviões MAX.

A Boeing será multada pelo congraçamento e deverá investir no mínimo de 455 milhões de dólares (2,4 bilhões de reais) em “programas de ‘compliance’ e segurança”.

A indenização aos parentes das vítimas será determinada pelo tribunal.

O DoJ determinou em maio que a empresa ignorou um congraçamento de arguição diferida (DPA) de 2021 ao não executar os requisitos para melhorar seus programas de moral e ‘compliance’ em seguida os acidentes.

As famílias das vítimas afirmaram que estão “muito decepcionadas” com o congraçamento entre a Boeing e o DoJ, afirmou um jurista do escritório Clifford Law, que representa os demandantes.

“Nos últimos cinco anos foram apresentadas ainda mais evidências que demonstram que a cultura da Boeing de colocar o lucro supra da segurança não mudou. Leste congraçamento de culpa unicamente promove esse objetivo corporativo”, declarou o jurista Robert A. Clifford.

As famílias solicitarão ao tribunal que rejeite o congraçamento na próxima audiência, segundo a equipe jurídica.

O congraçamento original DPA foi anunciado em janeiro de 2021, por acusações de que a Boeing fraudou de maneira consciente a Gestão Federalista de Aviação durante a certificação do MAX.

O congraçamento exigia da Boeing o pagamento de 2,5 bilhões de dólares (13,6 bilhões de reais na cotação atual) em multas e restituições em troca de isenção penal.

O período condicional de três anos expirava oriente ano. Porém, em janeiro a Boeing entrou novamente em crise quando um avião 737 MAX da Alaska Airlines foi obrigado a fazer um pouso de emergência depois que um tela da fuselagem quebrou em pleno voo.

Em uma epístola enviada ao tribunal em 14 de maio, os funcionários do DoJ afirmaram que a Boeing violou suas obrigações sob o DPA ao “não elaborar, implementar e fazer executar um programa de ‘compliance’ e moral para prevenir e detectar infrações das leis de fraude dos Estados Unidos em todas as suas operações”.

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